Popyrin faz dura autocrítica após ano “para esquecer” e promete renascer em 2026

Por José Morgado - Novembro 28, 2025
Patrice Lapointe/National Bank Open

Alexei Popyrin encerrou a temporada de 2025 com um balanço muito distante do que tinha imaginado. Depois de um 2024 brilhante, em que conquistou o Masters 1000 de Cincinnati, eliminou Novak Djokovic no US Open e entrou no top 20 mundial, o australiano falhou redondamente os objetivos deste ano, terminando como número 54 do ranking e sem qualquer título.

Em entrevista ao jornal australiano The Age, Popyrin mostrou-se brutalmente sincero sobre o que viveu. Sinto que tenho o nível para voltar ao top 20, por isso a classificação não me assusta. Não gosto de onde estou agora, mas sei perfeitamente do que sou capaz. Quando estiver no estado mental certo e a treinar bem, tudo encaixará, afirmou, rejeitando desculpas apesar das várias lesões que o acompanharam.

O australiano não vence um encontro desde a primeira ronda do US Open, em agosto, e admite que chegou a um ponto de saturação. Precisava de parar. Foram quase três meses seguidos sempre a viajar, treinar e competir. Na semana antes de Wimbledon já não me sentia preparado. Foi provavelmente a época menos agradável da minha carreira, mas aprendi muito sobre o caminho que quero seguir, explicou.

Agora, Popyrin quer desfrutar mais da carreira. Quero aproveitar as viagens, os países que visito. Ouço antigos atletas dizerem que se arrependeram de não ter desfrutado mais. Não quero que me aconteça o mesmo”, confessou.

Com 2025 finalmente ultrapassado, o foco já está no arranque da próxima época. “Não posso esperar para voltar a casa. Começar na Austrália, diante do meu público, vai ser incrível. Estou pronto para recomeçar”, garantiu o australiano.

Leia também:

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com