Polémica na final da BJK Cup: suíços acusam russos de contornar as regras em benefício próprio

Por José Morgado - Novembro 7, 2021

A Rússia conquistou este sábado a primeira edição das Billie Jean King Cup Finals, disputadas em Praga, mas o encontro ficou marcado por uma polémica em torno da escalação das equipas, com os helvéticos a acusarem os russos de fazerem… batota.

As regras da prova indicam que cada selecionador deve escolonar duas jogadoras para singulares, sendo que a que tem melhor ranking defronta a mais bem classificada da outra seleção e a menos bem colocada encara a pior rankeada do outro lado. Só que Igor Andreev, capitão russo, trocou as voltas aos suíços.

Os russos começaram por escolher Anastasia Pavlyuchenkova como jogadora número um (para defronta Belinda Bencic) e Daria Kasatkina como número dois (para jogar diante de Jil Teichmann), mas 20 minutos antes do encontro começar, foi declarada a lesão da russa, que foi substituída por Liudmila Samsonova, tenista que tem pior ranking do que Kasatkina e que, caso tivesse sido escolhida inicialmente, não jogaria com Bencic, mas sim… com Teichmann.

Ora, a decisão tática (e de legitimidade muito duvidosa) fica mais exposta quando se constata que Liudmila Samsonova tinha vencido os dois encontros anteriores diante de Bencic em 2021, deixando clara a intenção dos russos de colocá-la nesse encontro diante da campeã olímpica. A única maneira de fazê-lo era substituir alguém de última-hora, tendo em conta que Samsonova é a jogadora russa com pior ranking e jamais defrontaria Bencic se fosse escalonada inicialmente.

“O que se passou foi feio, honestamente. Penso que no final de contas, o bem irá vencer e nós vamos voltar mais fortes para vencer este título“, disparou a helvética, que venceu o ouro de singulares e a prata de pares em Tóquio’2020. A suíça mostrou-se descontente com a situação ainda em court e deixou-o bem evidente no cumprimento à rede.

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt