Pennetta: «Federer faz-nos amar o ténis»
A antevisão daquilo que poderá ser a época de terra batida no circuito masculino foi o pretexto para uma longa entrevista de Flavia Pennetta ao Sky Sports Italy. Ainda assim, como seria de esperar, o renascer da rivalidade entre Roger Federer e Rafael Nadal também não ficou fora da discussão, com a transalpina a confessar algum fascínio com este regresso.
“Havia aquelas finais em que o Federer estava sempre a lutar, mas não conseguia. Eu gostava de ter visto mais equilíbrio nessa altura porque o Roger tem um jogo incrível, ele faz-nos amar o ténis. Eram partidas longas e intensas, quando o ponto forte do Rafa era a sua direita que causava dano na esquerda do Roger”, comenta Pennetta.
“Ele (Nadal) é o favorito se estiver bem”
Analisando depois mais concretamente o que a temporada de terra batida pode proporcionar, a campeã de 2015 do US Open começa por abordar as hipóteses de Nadal. “Se ele tem dores no joelho ou no pulso, como no ano passado, as suas chances baixam. Mas ele é o favorito se estiver bem. Para mim é o rei da terra batida, tem mais capacidades físicas que os outros”, sugere, antes de se referir à forma como o jogo do espanhol tem mudado.
“Ele está a jogar mais perto da linha de fundo. E o facto de ser esquerdino ajuda-o muito, porque jogar contra esquerdinos é difícil. Os ângulos são sempre diferentes e eles encontram diferentes soluções, às quais não estás habituado”, analisa Pennetta que, no final, fala do futuro do ténis masculino, não escondendo o nome do jogador que mais a tem impressionado.
“A parte mais difícil é mostrar que não estás no topo por sorte, mas porque mereces”
“Dominic Thiem! É o jovem que mais gosto. Ele tem uma força única, um grande serviço, um impressionante segundo serviço em kick, uma direita fortíssima e tanto pode bater a esquerda em top spin como em slice. Ele tem tudo, só precisa de equilíbrio. A parte mais difícil é mostrar que não estás no topo por sorte, mas porque mereces”, conclui a italiana.