Pella vive drama para voltar a jogar: «Não há cura para o que tenho»
Guido Pella teve uma evolução impressionante para passar de um tenista que nos habituámos a ver no circuito Challenger para virar um top 20 mundial. No entanto, o argentino é agora número 748 do ranking ATP, isto porque não joga há quase um ano, desde que desistiu em Moscovo. Pella tem uma lesão complicada num dos joelhos, que o levou mesmo a pensar em acabar a carreira aos 32 anos, mas agora luta para voltar.
LESÃO COMPLICADA
Não há cura para o que tenho. No fim do ano passado tive uma recaída muito forte e uma dor que praticamente não me deixava andar em court. Decidi tirar um tempo, até porque soube que ia ser pai. Estou a tentar adaptar o meu joelho de novo e espero poder jogar sem dores. Não tenho cartilagem no joelho e a articulação começou a funcionar muito mal. A única coisa que posso fazer é fortalecer a zona. Dói mas tento. Agora fiz o meu primeiro set num ano e doeu pouco. Espero que este mês e pouco até fazer um ano sem jogar me faça sentir melhor.
IDEIAS NO REGRESSO
A ideia é tentar ter alguns torneios antes da Austrália. Mas se for para voltar com dor, com viagens, e vir que não me sinto bem por jogar com uma dor insuportável, então prefiro ficar em casa até não me doer ou decidir que não dá. Estou a apontar aos Challengers de fim de ano. Adorava jogá-los porque são torneios em que estive muito bem e não os jogos há mil anos.
PENSOU EM ACABAR A CARREIRA
Houve um momento em que pensei largar tudo por causa da dor, não era por não ter vontade. Comecei a treinar em abrir para não perder o pouco que tinha e o joelho começou a doer muito. Custava até a levantar-me da cama. Tive umas consultas e disseram-me que tinha de educar o joelho desde o zero, desde levantar-me de uma cadeira até a andar diferente.