Pella vive drama para voltar a jogar: «Não há cura para o que tenho»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Setembro 28, 2022
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Guido Pella teve uma evolução impressionante para passar de um tenista que nos habituámos a ver no circuito Challenger para virar um top 20 mundial. No entanto, o argentino é agora número 748 do ranking ATP, isto porque não joga há quase um ano, desde que desistiu em Moscovo. Pella tem uma lesão complicada num dos joelhos, que o levou mesmo a pensar em acabar a carreira aos 32 anos, mas agora luta para voltar.

LESÃO COMPLICADA

Não há cura para o que tenho. No fim do ano passado tive uma recaída muito forte e uma dor que praticamente não me deixava andar em court. Decidi tirar um tempo, até porque soube que ia ser pai. Estou a tentar adaptar o meu joelho de novo e espero poder jogar sem dores. Não tenho cartilagem no joelho e a articulação começou a funcionar muito mal. A única coisa que posso fazer é fortalecer a zona. Dói mas tento. Agora fiz o meu primeiro set num ano e doeu pouco. Espero que este mês e pouco até fazer um ano sem jogar me faça sentir melhor.

IDEIAS NO REGRESSO

A ideia é tentar ter alguns torneios antes da Austrália. Mas se for para voltar com dor, com viagens, e vir que não me sinto bem por jogar com uma dor insuportável, então prefiro ficar em casa até não me doer ou decidir que não dá. Estou a apontar aos Challengers de fim de ano. Adorava jogá-los porque são torneios em que estive muito bem e não os jogos há mil anos.

PENSOU EM ACABAR A CARREIRA

Houve um momento em que pensei largar tudo por causa da dor, não era por não ter vontade. Comecei a treinar em abrir para não perder o pouco que tinha e o joelho começou a doer muito. Custava até a levantar-me da cama. Tive umas consultas e disseram-me que tinha de educar o joelho desde o zero, desde levantar-me de uma cadeira até a andar diferente.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt