Pegula revela que a mãe lutou pela vida enquanto ela jogou Roland Garros e Wimbledon

Por José Morgado - Fevereiro 8, 2023

Jessica Pegula, número quatro do Mundo, ‘abriu o livro’ sobre os problemas de saúde que sua mãe, Kim, teve no ano passado. Numa carta publicada no ‘The Players’ Tribune’, a tenista norte-americana de 28 anos revelou que a sua mãe sofreu uma parada cardíaca em junho, durante o torneio de Roland Garros. Ela conta ainda que a sua irmã, Kelly, realizou os primeiros socorros até à chegada dos paramédicos, e afirma que essas ações “salvaram a vida” de Kim.

Pegula acrescentou que foi estimulada a partilhar a história da sua família, cujos detalhes foram mantidos em sigilo, exceto a notícia da hospitalização, depois de o jogador dos Buffalo Bills, Damar Hamilin, sofreu uma paragem cardíaca em campo durante um jogo da liga de futebol americano (NFL), em janeiro. A família Pegula, uma das mais ricas do Mundo, é dona dos Buffalo Bills.

“Mandei uma mensagem ao meu marido, Taylor, a dizer que a situação com a minha mãe estava a pesar muito sobre mim”, escreveu Pegula. “Quando poderíamos começar a falar sobre isto? Quando poderei contar a história dela e da minha família? Toda a gente me perguntava e eu realmente precisava de desabafar. No Australian Open de 2023, decidi usar um emblema com o número 3 para homenagear o Damar Hamlin. Ironicamente, eu era a número 3 do Mundo naquela semana. No entanto, não era apenas por isso. Senti como se fosse para minha mãe também”, explicou a jogadora de 28 anos.

Pegula conta ainda que quase não jogou em Wimbledon no ano passado, por causa do estado de saúde da mãe. “O meu pai não queria que eu jogasse, mas eu sabia que a minha mãe ficaria chateada se eu desistisse por causa dela. Joguei em Wimbledon e ganhei as minhas duas primeiras rondas. Estava com uma terrível sinusite, provavelmente devido ao stress do que tinha acontecido e por ficar duas semanas a viver no hospital. Tive que lidar com muitas especulações e perguntas sobre a saúde dela, até mesmo descartando rumores de que ela havia morrido. Não foi necessariamente a minha experiência mais divertida em Wimbledon. Tive algumas boas vitórias e fiquei orgulhosa de poder viajar e competir, considerando a situação”.

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt