Pedro Sousa: «Tentei sobreviver e prolongar, prolongar… até chegar ao fim e ganhar»

Foi longo e desgastante o encontro de Pedro Sousa e Gilles Simon na ronda inaugural do quadro principal do Millennium Estoril Open 2018 mas, no final, o triunfo e a qualificação para a segunda jornada sorriu ao jogador português.

Exausto, ao cabo de três sets (6-3, 4-6 e 7-6 (4)) e duas horas e 44 minutos de jogo, Sousa acabou estendido na terra batida do Estádio Millennium. “Foi um jogo duro. Os dois primeiros sets tiveram trocas de bolas muito longas em quase todos os pontos e a verdade é que estava cansado. No início do terceiro set começou a prender-me um bocadinho as pernas e eu tentei aguentar o máximo.  Felizmente deu até atirar a bola para fora e tive, nessa altura, de me deitar porque não aguentava mais”, explicou o lisboeta de 29 anos, atual 143º do ATP, reconhecendo ter o “abdominal mal”, tal como “tudo o resto”.

“Comecei só a treinar no final da última semana porque tive de descansar para recuperar da lesão no abdominal e isso fez com que não estivesse tão bem preparado fisicamente para um jogo tão longo, como se tivesse com um ritmo normal, mas acho que estive e aguentei-me bem dentro do possível”, destacou, antes de explicar onde encontrou forças e esteve a chave do encontro.

“Tentei sobreviver até dar. Achei que ia ficar estatelado a qualquer momento, nunca pensei que chagaria ao fim e fui prolongando, prolongando até que, algumas vezes com uma ajudinha dele e outras com alguma sorte, deu para chegar ao fim e ganhar”, resumiu Pedro Sousa, que volta ao court terça-feira ao final do dia para, ao lado de Gastão Elias, jogar pares contra Jonathan Erlich e Scott Lipsky.

Garantida a presença na segunda volta, Pedro Sousa aguarda o desfecho do confronto entre o compatriota João Sousa e Daniil Medvedev para conhecer o próximo adversário. Defrontar João Sousa? “Era sinal que teríamos um Sousa nos ‘oitavos’, mas não estou a pensar nisso agora. Quero descansar e recuperar para estar bem para esse encontro“, concluiu.