Pedro Cachin ofereceu máquina de encordoar ao menino do Congo que não tinha uma

Por José Morgado - Fevereiro 5, 2019

Pedro Cachin tem 23 anos, chegou a ser top 10 mundial de juniores (na geração de Frederico Silva) e alcançou esta segunda-feira, em Córdoba, cidade onde nasceu e sempre viveu, o seu primeiro triunfo da carreira em quadros principais ATP. O jovem argentino, atual número 280 do ranking ATP, recebeu um wild card para o qualifying, passou essa fase da competição e agora derrotou Cameron Norrie (64.º) por 6-4 e 6-4, num triunfo que jamais esquecerá.

https:\/\/bolamarela.pt//bolamarela.pt//twitter.com/TennisTV/status/1092543226286878721

Mas antes de brilhar em court, Cachin tem-no feito… fora dele. Na semana passada, tornou-se notícia por oferecer uma máquina de encordoar raquetas a um menino do Congo, que viu um vídeo seu tornar-se viral nas redes sociais precisamente pelo facto de não ter as melhores condições para trocas as cordas da sua raqueta. No vídeo, o menino congolês encordoa a sua raqueta com a ajuda de um pequeno ramo de uma árvore.

“Tinha uma máquina em casa que há muito não usava, estava lá parada. Vi aquele vídeo e nem pensei duas vezes. Foi de um dia para o outro. Saber que o menino ficou feliz é uma sensação muito linda. Com pouco pode fazer-se muito”, confessou o jovem argentino em declarações ao site argentino “FueBuena”.

Sem surpresas, os meninos ficaram emocionados e agradecidos com o gesto de Cachin, que facilitou e de maneira as suas vidas. Em inglês, fizeram questão de escrever uma cartaz onde agradecer ao jovem tenista argentino, que assim ajudou a mudar umas vidas. Um exemplo.

https:\/\/bolamarela.pt//bolamarela.pt//www.youtube.com/watch?v=5Xjc7-JmSaI

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com