Pedro Araújo: «Fiquei com pena, mas dei tudo dentro do campo»

Por José Morgado - Abril 24, 2022
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Pedro Araújo passou este domingo pela sala de conferências de imprensa após perder na ronda de acesso ao quadro principal do Millennium Estoril Open, mas estava naturalmente orgulhoso com o seu fim-de-semana.

O QUE FEZ A DIFERENÇA?

“Acho que foi uma junção de fatores, a experiência dele obviamente há de ter ajudado bastante. É certo que estava um bocadinho cansado no final, mas acho que ele também devia estar cansado mas ele conseguiu talvez devido a sua experiência usar isso um bocadinho melhor que eu.. Acho que ele mudou um bocadinho a tática no final do segundo set e terceiro, começou a ser um pouco mais agressivo e a maior parte das minhas pancadas já não estavam…já não estava a conseguir tantos pontos bons de forma consistente, como aconteceu até meio e final de segundo set”

ABORDAGEM TÁTICA

“Nunca ia conseguir ganhar a um jogador destes por experiência e tinha que tentar procurar outras soluções, a intensidade era uma delas. Acho que estive bem nesse capítulo, acho que consegui imprimir mais intensidade que ele, na maior parte do encontro, mas acho ele também foi-se adaptando um bocadinho ao meu jogo, foi conhecendo melhor, causou algumas dificuldades com as bolas bombeadas na minha esquerda, muitas delas estavam a ressaltar mal, ele obviamente teve a experiência a conseguiu perceber isso bem”.

COMO SE SENTIU PERANTE TANTO PÚBLICO?

“Foi uma ótima experiência, ajuda muito e é gratificante jogar aqui. Agradeço imenso a todas as pessoas que vieram aqui apoiar-me, senti esse apoio e acho que isso também me ajudou. Fiquei com pena por não ter vencido, mas dei tudo dentro do campo e acho que deixei uma boa imagem. Por acaso não estive nada nervoso. Acho que até consegui usar isso a meu favor, o que foi bastante bom, senti bastante o apoio e usei isso para jogar melhor, me motivar mais e senti que eles também me estavam a ajudar.”

QUEM É PEDRO ARAÚJO?

“Acabei 12.º ano, entrei na Nova SBA, ainda fui lá umas semanas, não gostei, mas também percebi que era impossível conciliar com o ténis. Comecei a jogar com os meus 5 anos, por influência do meu irmão e do meu pai. Estou no mesmo clube onde comecei, no Jaime Caldeira.”

AMBIÇÕES PARA A TEMPORADA?

“A minha previsão em termos de ranking é entrar no top400, este ano, acho que tenho nível para isso e acho que estes dois encontros demonstrei isso, um crescimento, e que me consigo bater com estes jogadores e tenho que o conseguir fazer consistentemente, embora a maior parte dos jogos que jogo são ITF. Ainda tenho que ganhar muitos jogos ITF para ir subindo progressivamente e espero e acredito plenamente que não dentro de muitos anos vou coseguir esatr aqui por mérito próprio e não com um convite. Mas ate lá agradeço bastante as oportunidades que me têm dado nos torneios cá e tenho tentado dar sempre o melhor de mim.”

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt