Pat Cash: «Jogar Auckland é assinar a sua própria sentença de morte no Australian Open»
João Sousa está a meia dúzia de horas de entrar em court para batalhar pelo tão almejado lugar na final de Auckland, na Nova Zelândia, mas, se fosse seguidor da mesma linha de pensamento de Pat Cash, o mais provável era que por esta altura estivesse já em Melbourne, a contar os minutos para que o Open da Austrália chegasse.
Para ex-jogador australiano de 51 anos, optar por descansar na semana imediatamente anterior ao Grand Slam australiano é a mais inteligente das decisões, sobretudo no caso dos homens. “Jogar na semana antes do torneio é assinar a sua própria sentença de morte”, disse o duas vezes finalista do Open da Austrália (1987 e 1988) ao The Sunday Morning Herald.
“Todos aqueles que o fazem, perdem rapidamente”, frisou Cash, sendo especialmente crítico com os jogadores que viajam para a Nova Zelândia na segunda semana de janeiro. “Jogar Auckland é também assinar a sentença de morte – quem joga lá e se dá bem quase nunca passa da primeira ou segunda rondas no Open da Austrália. As condições são muito diferentes, por isso não percebo por que razão os jogadores disputam o torneio”.
O aquecimento ideal para o Grand Slam inaugural da temporada é, a seu ver, o torneio de exibição Kooyong Classic, que decorre até esta sexta-feira e que se disputa a apenas 10 km de Melbourne Park, onde nos próximos 15 dias terá lugar a primeira grande prova da temporada. “Não percebo porque não o escolhem. Seria a minha primeira escolha. É a preparação perfeita”, rematou o antigo campeão de Wimbledon.