Nuno Marques: «Temos de lutar para que o ténis seja devidamente reconhecido»
Nuno Marques passou pela última vez pela sala de imprensa, depois de terminada a mais tranquila jornada do confronto que colocou em confronto Portugal e a Eslovénia este fim-de-semana no Clube de Ténis de Viana do Castelo.
“Foi bom fechar a eliminatória ontem, e foi muito bom hoje a seriedade, humildade e respeito do João [Domingues] e do Pedro [Sousa]. Hoje mostrámos que somos uma equipa muito forte e que apesar de estar 3-0 e a eliminatória estar encerrada continuamos com as mesmas rotinas. Estiveram muito bem. Temos uma equipa fantástica, um grupo muitíssimo forte”, disse o capitão nacional, a trabalhar desde março na academia de Rafael Nadal, em Maiorca, Espanha.
Naturalmente satisfeito com o melhor dos resultados possíveis (5-0) e a permanência no Grupo I da Taça Davis assegurado, o capitão nacional aproveitou para falar do papel do ténis no panorama nacional. “Há muito bons treinadores em Portugal, é um facto. A modalidade não está fácil para muitas modalidades e isso reflecte-se no ténis. O ténis não tem o impacto que devia ter”, defendeu.
“Lembro-me que quando entrei no top-300 apareci na capa do Correio da Manhã. É pena quando damos isso por adquirido ou se acha isso normal numa modalidade tão dura e difícil. Temos de lutar para que o ténis seja devidamente reconhecido. É um desporto incrível, temos jogadores incríveis, uma seleção muito forte”, acrescentou Marques.
Sobre os possíveis adversários de Portugal na primeira ronda do Grupo I na época de 2017, que será jogada em fevereiro, o selecionado nacional revela-se confiante no valor dos seus jogadores.
“Há equipas muito fortes, como a Bielorrússia e a Finlândia [a quem Portugal venceu no ano passado], mas estamos bastante confiantes na equipa que somos, demonstrámos isso aqui. O importante é que os jogadores estejam saudáveis e que façam uma grande época, porque temos todos a ganhar com isso”, concluiu.