Norrie exulta após evitar escândalo: «É por isto que sou o número 12»

Por Nuno Chaves - Fevereiro 16, 2023

Cameron Norrie sofreu e sofreu mas conseguiu qualificar-se para os quartos de final do ATP 250 de Buenos Aires após derrotar Facundo Diaz Acosta, número 191 mundial.

O britânico venceu em três horas de jogo, num encontro em que o jovem argentino até serviu para fechar em dois sets. Foi difícil e Norrie sabe que pode fazer mais e melhor.

ANÁLISE À VITÓRIA

Sinceramente, não creio que tenha sido um grande encontro da minha parte, não estive lá muito bem nas coisa básicas, o serviço e o resto. Se tivesse o mesmo encontro ia encará-lo de uma forma diferente. Demorei muito tempo a encontrar o ritmo do encontro. Joguei ao melhor nível quando foi necessário, joguei um bom tie-break. Houve um grande ambiente, ainda que a maioria tenha apoiado o meu rival. Amanhã preciso de voltar a treinar e trabalhar em tudo.

CONDIÇÕES DE JOGO

Não estava a pensar demasiado sobre o court. As trocas de bola em terra batida são geralmente assim. O court esteve bem, não houve nenhum mau ressalto. Fizeram um grande trabalho. Está muito melhor que há quatro anos quando vim jogar. Preciso de melhorar em tudo na terra batida. O meu jogo em terra batida precisa de um melhor serviço e resposta. Tomei muitas más decisões. Tenho de me comprometer com o meu estilo habitual. Adoro a Argentina e queria voltar aqui. O próximo Grand Slam é Roland Garros, quero jogar bem nos grandes torneios, por isso, preciso de melhorar muito o movimento em court para ter opções.

Norrie apanha susto enorme mas resiste a três horas com o número 191 do Mundo

ÀS PORTAS DO TOP 10

O Facu não tinha nada a perder e começou a sentir a pressão quando estava por cima do marcador. Eu comecei o ano com mais vitórias que a maioria dos tenistas do circuito e entrei com isso em mente. Sou capaz de jogar ao meu melhor nível nos momentos mais importantes, é por isso que sou número 12 do mundo. Sinto que preciso de fazer isso nos grandes cenários. Creio que funciona a classificação. Os melhores conseguem jogar ao melhor nível nas fases finais dos Masters e Grand Slams.

Jornalista na TVI; Licenciado em Ciências da Comunicação na UAL; Ténis sempre, mas sempre em primeiro lugar.