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No ténis juvenil norte-americano, gritar 'Vamos' vale warning e multa
Allegra Hanlon é latino-americana e decidiu contar a sua história ao ‘Washington Post’ para denunciar uma série de casos de ‘xenofobia’ tenística que têm afetado o circuito juvenil norte-americano.
Durante um dos seus encontros do Kalamazoo, uma espécie de campeonato nacional de sub-18 organizado para Federação norte-americana de ténis (USTA), cujo vencedor ganha um wild card para o quadro principal do US Open, Allegra foi sancionada por gritar… “vamos”.
“Disseram-me que não poderia falar absolutamente nada em nenhuma outra língua. Fiquei incrédula”, confessou a jovem, que ainda tentou insistir com o árbitro. “Voltar a afirmar que ali só se fala inglês e que não é permitido qualquer outro tipo de língua.”
Terminado o encontro, Hanlon confirmou juntamente com a sua mãe que essa regra existe mesmo nos torneios da USTA. “Se um jogador gritar qualquer coisa noutra língua que não a inglesa, poderá ser sancionado com um ponto de penalização”, pode ler-se no regulamento da entidade, que confirma assim a proibição de falar qualquer outro idioma nestes torneios norte-americanos.
Allegra garante já ter ouvido várias histórias semelhantes à sua por parte de jogadores com origens da América do Sul. Ela e a sua mãe, colombiana, decidiram denunciar a situação.
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