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Jarkko Nieminen: o adeus por "uma questão mental"
Quinze anos no circuito profissional e catorze deles dentro dos cem melhores jogadores do mundo podem ser alguns ingredientes daquela que se considera uma carreira bem sucedida, e Jarkko Nieminen considera isso mesmo. O jogador finlandês esteve em Viana do Castelo para disputar a Taça Davis, nós falámos com ele e revelamos todas as razões da usa retirada em pleno dia de aniversário.
O local de conversa foi a agradável sede do Clube de Ténis de Viana no decorrer do quinto encontro de singulares do confronto entre Portugal e a Finlândia, isto já numa altura em que a eliminatória tinha sido decidida depois da derrota de Nieminen para João Sousa.
Apesar dos resultados, o veterano, que por várias vezes neste fim-de-semana elogiou o público português, não recusou a entrevista e explicou as razões que o levaram a tomar a decisão mais difícil de uma carreira:
“É mais por uma questão mental”, explicou Nieminen, “não é que sinta que já não consigo disputar um bom ténis, mas sinto que já é complicado ter temporadas que antes conseguia ter há oito anos. Em termos de fitness eu acho que conseguiria jogar durante mais alguns anos e manter-me saudável, mas sinto que já não consigo mais viajar durante 35 semanas num ano”.
Profissional desde 2000, o jogador finlandês confessa ser “sortudo” por “conseguir fazer isto sem parar durante 15 anos”, mas sente que “é o suficiente”, mesmo estando ainda apto para a competição: “todos os atletas preferem terminar a carreira por vontade própria do que por lesão. Ainda estou saudável e não quero terminar só quando tiver limitações físicas”.
Com mais de 400 vitórias a nível profissional, Nieminen destaca aquela em que conseguiu o acesso à final do ATP 250 de Sydney, em 2009, após um triunfo diante de Novak Djokovic, número três na altura. Aliás, das 13 finais disputadas, o esquerdino apenas conseguiu vencer dois títulos, mas diz não mudaria nada na sua carreira:
“Eu tomei as minhas escolhas e não me arrependo. Acredito que nos determinados momentos foram escolhas acertadas, como contratar diferentes treinadores, e acho que sempre trabalhei bastante para tentar melhorar. Sinto que depois deste ano sei tudo”
“Estou acima de tudo orgulhoso por me ter mantido no top-100 durante 14 anos consecutivos e terminar no top-100. Isso exige muito trabalho”, acrescentou o três vezes quartofinalista de torneios do Grand Slam.
Mas apesar de vir a pousar as raquetes em outubro, no torneio de Estocolmo, Nieminen não vira as constas ao ténis especialmente na Taça Davis, onde garantiu que vai continuar a estar disponível para jogar pela sua equipa e diz mesmo poder “vir um dia a ser um capitão, não no próximo ano mas no futuro”.
A Jarkko Nieminen Tennis Academy, projeto que começou há três anos em Helsínquia, vai também merecer uma maior atenção da sua parte.
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