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Neuza Silva: «Fizemos história para o ténis português»

Com a decisão histórica de estar no play-off em novembro, após a vitórias de Matilde Jorge e Francisca Jorge nos dois singulares diante da Eslovénia, a capitã lusa, Neuza Silva, e o homólogo adversário Iztok Kukek abdicaram do par. Menos um encontro para Portugal nesta semana, mas com emoções ainda bem presentes na voz da selecionadora nacional.
“É uma felicidade enorme chegar ao final desta semana e deste torneio e sermos justas vencedoras. Desde o primeiro dia, em que fomos para estágio, tem havido muita entrega, muito trabalho, muita preparação mental, principalmente. Esta é uma semana muito exigente a todos os níveis e a equipa respondeu muito bem, como sempre. Elas gostam muito desta competição”, sublinhou Neuza Silva, ainda com a voz enrouquecida e embargada quando recuou nas memórias a 2022.
“Jogámos a terceira divisão e, nessa altura, já dizia que tínhamos equipa para lutar por outros patamares. Fomos subindo, degrau a degrau, com muito trabalho, profissionalismo e hoje [sábado] fazemos história no ténis português. Está toda a equipa de parabéns”, reforçou a antiga internacional portuguesa, para quem o espírito o segredo do sucesso assenta em pilares simples e fortes. “Somos muito unidos, acreditamos até ao fim. Passámos por momentos difíceis, mas quem está de fora, não deixa de apoiar e transmitir energias positivas.”
Essa força ajudou nas decisões dos singulares deste sábado. “Foram dois encontros muito sentimentais e parecidos, com muito nervosismo à mistura. Elas não entraram bem, estavam muito nervosas, bloqueadas, sem conseguir ter discernimento para desfrutar. As finais são para ganhar, temos muita experiência nisso, mas temos de desfrutar o momento e jogar com o coração, com a nossa entrega. Foi isso que veio ao de cima, tal como a qualidade da Kika [Francisca] e da Matilde. Espero ter ajudado no banco, ter orientado da melhor forma, no sentido das soluções certas. Mais uma vez, só me faltou jogar. No fundo, jogo, vibro e choro com elas, sou feliz com esta equipa e estamos todos de parabéns”, salientou Neuza Silva.
Portugal acede, assim, ao play-off que terá lugar em novembro. Será composto por um round robin de sete grupos de três equipas cada, sendo um país anfitrião por cada grupo. O evento, cujos sete vencedores avançam para os Qualifiers de 2026, decorrerá durante três dias com o mesmo formato de dois singulares e um par para cada.
Mais um passo de gigante foi dado e Neuza Silva roga pela atenção merecida. “Merecemos reconhecimento. Temos uma equipa forte, muito equilibrada, temos muita experiência nesta competição e honramos o nosso País sempre da melhor maneira possível. Está na hora das pessoas terem orgulho nesta Seleção”, rematou a selecionadora nacional.