Nadal explica desistência de Miami e garante: «O meu nível agora é pior que o do Australian Open»

Por Nuno Chaves - Março 15, 2022

Rafa Nadal está a ter um início de ano de sonho e que possivelmente nem o próprio esperava, prova disso é o facto de estar com 17 vitórias em 17 jogos e a percorrer, aos 35 anos, um registo superado apenas por… Novak Djokovic.

O espanhol está nos oitavos de final do ATP 1000 de Indian Wells mas o que é certo é que o maiorquino não está satisfeito com o seu nível atual. E não tem receio na hora de o definir.

“Dei um passo em frente mas preciso de melhorar mais o meu nível, caso contrário, vou para casa. As coisas mudam depressa. O meu torneio do ano, por exemplo, tive um par de jogos muito maus, algo compreensível depois de muitos meses sem competir. Depois, duas semanas e meia depois, estava a jogar de forma fantástica. Mas é certo que, comparando o nível com as semi-finais ou final do Australian Open é pior, sem dúvida”, admitiu em conferência de imprensa.

Ainda assim, Nadal tem confiança em dar uma boa resposta. “Se estás numa dinâmica negativa é difícil passar de jogar mal a bem mas se é ao contrário podes recuperar o melhor nível depressa. O que sei é que joguei melhor que o meu primeiro encontro e agora vou ter um rival que me vai exigir jogar ao máximo nível”, atirou, sobre o seu confronto com Reilly Opelka, nos oitavos de final.

Aconteça o que acontecer em Indian Wells, Nadal já anunciou o abandono de Miami. Eis a explicação. “Há alguns anos que não jogo este torneio. Tenho quase 36 anos e joguei muito mais do que esperava esta temporada. Para o meu corpo, as transições de superfícies não são fáceis. Se jogasse Miami, não teria tempo para descansar e fazer a transição para a terra batida. Seria algo perigoso para o meu pé e joelhos. Preciso de fazer a transição passo a passo e não fazer um caminho drástico como fazia no passado. Decidi parar um pouco depois de Indian Wells para ter mais de três semanas para preparar a terra batida”, concluiu.

Jornalista na TVI; Licenciado em Ciências da Comunicação na UAL; Ténis sempre, mas sempre em primeiro lugar.