Nadal e Alcaraz felizes com 2.ª ronda em Paris: «Jogámos muito melhor»

Por José Morgado - Julho 31, 2024
Divulgação/Jogos Olímpicos

Rafael Nadal e Carlos Alcaraz mostraram-se esta terça-feira para os quartos-de-final de pares dos Jogos Olímpicos de Paris’2024, num encontro em que ainda perderam o segundo set mas no qual os espanhóis acreditam ter jogado melhor do que na primeira ronda.

NADAL

Se tivéssemos aproveitado algumas chances durante o segundo set talvez não fosse necessário chegar ao super tie-break. Jogámos muito melhor do que no primeiro dia, no geral fomos mais sólidos, mas no segundo set, precisamente quando estávamos melhor, eles jogaram bem com dois pontos de break contra eles e nos pares já sabemos que tudo muda num momento. Depois no super tiebreak ajudou-nos a começar com uma energia muito positiva, conquistando alguns pontos muito importantes desde o início. Temos-nos dado bem, hoje muito mais do que no outro dia. Nenhum de nós joga muitos pares, por isso, com o passar dos dias, melhorámos, embora o risco esteja sempre presente quando se joga contra jogadores de pares estabelecidos. Hoje o Carlos ajudou-me muito na rede, vê as jogadas cada vez melhor, mas acho que é a mesma coisa. Sendo mais velho, joguei mais pares do que ele, mas não foram muitos. O Carlos dá-me tudo, tem a energia da juventude, muito potenciada pelo seu físico, o que é incrível. É capaz de fazer que parecem impossíveis, a qualquer momento faz algo brilhante.

ALCARAZ

Penso que jogámos a um nível muito alto, muito melhor do que no primeiro dia em termos de posicionamento no court. Foi normal começarmos um pouco com mais dúvidas e à medida que avançarmos, vamos melhorar. As pessoas querem obviamente que ganhemos o ouro em pares, mas é normal. Tentamos não pensar muito nisso, na pressão ou que temos a obrigação de o fazer. É claro que com o nome não se ganha em pares por isso tudo pode acontecer. Existem grandes jogadores de pares que formam duplas ao longo do ano, que estão muito confiantes e têm um nível muito bom, por isso é preciso tentar manter o foco e melhorar gradualmente. Espero que possamos alcançar o nosso objetivo e o de todos os espanhóis. Aos poucos vamos conhecendo-nos melhor dentro e fora do court. Nestes Jogos temos a oportunidade de conviver e ter um ambiente familiar, o que obviamente ajuda muito no campo.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com