Nadal como um miúdo: «Estou em Acapulco porque me apetece muito jogar ténis!»
Desengane-se quem pensa que, aos 35 anos, Rafael Nadal sente que já ganhou tudo o que tinha para ganhar ou que a paixão pelo ténis esmoreceu. Bem pelo contrário! Prova disso foi a resposta que o espanhol deu quando foi questionado sobre o porquê de estar a competir no fortíssimo ATP 500 de Acapulco, ainda para mais depois de ter ganho no Australian Open o seu 21.º título do Grand Slam.
“Estou em Acapulco por dois motivos. Primeiro, porque joguei muito pouco nos últimos dois anos e apetece-me muito jogar ténis! Em segundo, porque depois da Austrália tinha de analisar a resposta do meu corpo. Historicamente, tenho sempre uma quebra física. Este ano foi parecido. Mas a nível de dores, o meu corpo foi respondendo relativamente bem e isso fez-me vir para cá. O meu início de ano tem sido infinitamente melhor do que eu poderia imaginar”, confessou à imprensa no México.
E o que mudou com o 21.º troféu do Grand Slam já no seu museu? “Absolutamente nada. Do 20 ao 21 não há uma grande percentagem. A vida continua exatamente igual. A única coisa que mudou é que agora jogo ténis e há uns meses não conseguia. Estou muito feliz por tudo o que aconteceu na Austrália, foi muito inesperado. Mas na minha vida nada mudou. Nenhum título vai mudar o que é importante na minha vida”, atirou.
Dentro dessa linha, Nadal garante que nunca teve problemas de motivação. Só mesmo o corpo é que às vezes não o acompanhou. “Não é uma questão de motivação, mas física. Na minha carreira nunca tive problemas de motivação ou cansaço mental, de estar farto do que faço, bem pelo contrário. Foi tudo no lado físico. Sentir-me bem e ver-me competitivo faz-me querer continuar a jogar mais. É isso que me dá energia para seguir em frente”, garantiu.