«Nadal comia um pote de Nutella e bebia três litros de Coca-Cola por dia», conta Tipsarevic

Que os bíceps de Rafael Nadal se mantêm a bem mais do que pão e água já nós desconfiávamos, mas o que talvez nos andasse a escapar era que, em tempos, o espanhol de 30 anos se entregava aos prazeres do açúcar com a mesma vontade com que morde troféus.

“Ele costumava comer um pote de Nutella e beber três litros de Coca-Cola por dia”, conta o sérvio Janko Tipsarevic em entrevista ao Sport Klub, conforme refere o site espanhol Punto de Break. “Agora, vêem-se cada vez menos situações destas, porque os jogadores preocupam-se mais com o que comem”, acrescentou o jogador de 32 anos, que revelou recentemente ter em Nadal uma fonte de inspiração.

Ferrer […] estava com o cigarro na boca enquanto urinava.

“Começaram a investir mais em si. Não faz sentido teres um fisioterapeuta, um preparador físico e um treinador se depois fumas um maço de tabaco por dia. E é por isso que os veteranos alcançam melhores resultados agora. Colocaram a fasquia mais alta”, analisou Tipsarevic, aproveitando para abordar a já conhecida ex-relação de David Ferrer com o tabaco.

“Ferrer costumava fumar”, afirma, “apesar de há três ou quatro anos ter deixado de o fazer. “Lembro-me de estarmos na casa-de-banho, antes do nosso encontro no ATP World Tour Finals [em 2012], e ele estava com o cigarro na boca enquanto urinava. Há coisas que não são boas para um desportista. Jamais treinaria um jogador que fumasse e bebesse, mas cada um segue o caminho que considera correto. Claro que Ferrer compensava ao treinar o dia todo”, contrapôs.

Tenho a certeza de que os melhores jogadores não se dopam.

 Com a conversa a entrar no sensível e movediço terreno do doping, Tipsarevic manteve o passo decidido. “Os testes são reais. Sei-o porque vieram à minha própria casa. Chegam a qualquer lugar que possamos imaginar. Acho que há doping no ténis, mas numa pequena percentagem. Tenho a certeza de que os melhores jogadores não se dopam. A minha teoria é simples”.

“Quando alguém fornece uma amostra de sangue ou de urina, a amostra passa pela AMA [Agência Mundial de Antidopagem] e se der positivo há uma série de pessoas que estão a arriscar as suas carreiras e salários para dizerem o contrário. ‘Não, o Rafael Nadal não se dopa.  Deixem-no jogar que ninguém sabe’. Se alguém se arriscar a isso, a vida dessa pessoa é destruída. A informação de que um jogador de topo se dopa chegaria diretamente ao presidente da AMA e da ITF. Alguém pode ir para a prisão se fizer isso, é um risco ridículo que se correria”, remata.