Murray em lágrimas: «Não consigo calçar-me sem dores»

Por José Morgado - Janeiro 11, 2019

Foi um momento de cortar a respiração aquele em que Andy Murray, arrasado, confessou perante dezenas de jornalistas que o seu corpo não o deixa continuar a competir ao mais alto nível. O britânico de 31 anos, antigo número um mundial, anunciou que vai retirar-se do ténis este ano, em Wimbledon na melhor das hipóteses, devido às muitas dores na anca direita que continua a sentir, apesar da operação a que se submeteu em 2018.

“Tenho muitas dores. Há pequenas coisas no meu dia a dia em que tenho dificuldade a fazer: calçar uns sapatos, colocar umas meias, coisas desse género. Essa é a principal razão pela qual tenho de deixar de jogar e optar por algo que me permita ter mais qualidade de vida”, admitiu visivelmente em baixo com toda a situação.

Murray falou depois das hipóteses que tem pela frente. “Falei com o cirurgião. A minha anca está gravemente lesionada. A operação que fiz em 2018 foi para reduzir as dores, mas isso não aconteceu de todo. Tenho imensas limitações e as dores não me deixar desfrutar da competição e do treino. Não é divertido para mim continuar a fazer isto.”

Andy recusou ainda em absoluto manter-se no circuito apenas na competição de pares.

 

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt