Murray desvaloriza derrota: «Posso ganhar à maioria dos cabeças-de-série em Wimbledon»

Por Nuno Chaves - Junho 21, 2023

Andy Murray viu chegar ao fim a sua invencibilidade em relva ao perder na primeira ronda do ATP 500 de Queen’s, num duelo onde ficou evidente o desgaste físico do britânico, que tinha conquistado dois títulos Challenger nas últimas duas semanas.

O antigo número um mundial perdeu a possibilidade de chegar a Wimbledon como cabeça-de-série, ainda assim, a confiança de Murray mantém-se intacta para atacar o terceiro Grand Slam da temporada.

WIMBLEDON SEM SER CABEÇA-DE-SÉRIE

É algo em que pensava há algum tempo e sabia que tinha de fazer quartos de final aqui para o conseguir. Não creio que tenha a ver com o meu mau rendimento aqui. De qualquer forma, sinto que posso ganhar à maioria dos cabeças-de-série do torneio porque há bastantes que não se sentem cómodos em relva. Por outro lado, também há tenistas que não vão ser cabeças-de-série mas que se sentem muito bem nesta superfície, por isso, é esperar pelo sorteio.

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EVOLUÇÃO DOS COURTS EM RELVA

É evidente que estão diferentes com o passar dos anos, principalmente, desde 2005 quando comecei. É algo generalizado em todo o circuito. De resto, diria que os courts em Queen’s são uns dos mais rápidos do mundo. Também se nota muito que as bolas são mais pesadas e lentas, algo que considero que é fruto da evolução no físico dos jogadores. Quanto mais se acelera, mais se procura desacelerar o jogo e é complicado encontrar pancadas ganhadoras.

EXPETATIVA PARA WIMBLEDON

Não vou competir na próxima semana, tenho de descansar física e mentalmente, recarregar pilhas e voltar ao trabalho. Houve muitas coisas positivas nas últimas semanas, especialmente no meu serviço e creio que não devo dar demasiada importância a este mau dia porque sei que estou na boa direção. Só preciso de servir bem e continuar a trabalhar a minha mobilidade em court. Perdi contra um grande jogador nesta superfície mas as sensações que tive nestas duas semanas foram magníficas, não só em competição como nos treinos com alguns dos melhores do mundo. Sei que o meu nível está aí, só preciso de uns dias de descanso e dedicar-me dez dias a treinar com intensidade.

Jornalista na TVI; Licenciado em Ciências da Comunicação na UAL; Ténis sempre, mas sempre em primeiro lugar.