Mouratoglou considera que Sinner está acima de Alcaraz e explica porquê
A época terminou da forma mais expectável possível: com Carlos Alcaraz e Jannik Sinner a mostrarem-se os grandes dominadores e bem acima de toda a concorrência.
Patrick Mouratoglou aproveitou para fazer um balanço de 2025, mostrou-se rendido à qualidade do espanhol e do italiano mas deixou um aviso ao número um do mundo para o que se segue.
BALANÇO DE 2025
A temporada de 2025 terminou exactamente como devia: com Carlos Alcaraz e Jannik Sinner a lutar pelo título. Alcaraz acaba o ano como número 1 do mundo, mas Sinner conquista o troféu das ATP Finals. E esta final resumiu todo o ano. Uma rivalidade construída em quatro finais importantes em 2025: Roland Garros, Wimbledon, o US Open e agora as ATP Finals. Duas vitórias para cada um. Quatro palcos enormes. Mas quatro partidas muito diferentes.
DIFERENÇAS ENTRE AMBOS
À excepção da final de Roland Garros, que foi incrivelmente equilibrada, as outras três foram mais desiguais. Em Wimbledon, Sinner foi claramente superior. No US Open, o Carlos foi claramente superior. Nas ATP Finals, Sinner voltou a ser claramente melhor. A pergunta é: porquê? O serviço decidiu tudo. O destaque em Turim é simples: Sinner serviu a um nível completamente diferente, o melhor de todo o torneio. E não só o serviço em si, mas o serviço +1, o terceiro golpe e a capacidade de assumir o controlo. No US Open, foi o serviço de Carlos que fez a diferença. Depois dessa final, se me perguntassem quem tinha o melhor serviço, eu diria: Alcaraz. Depois de Turim? Não há debate: Sinner tem o melhor serviço neste momento.
SINNER ACIMA EM RELAÇÃO À… MENTALIDADE
E depois vem a mentalidade. Há um momento que explica tudo. Ponto de set contra na final das ATP Finals no primeiro set. Segundo serviço. Jannik arrisca com 187 km/h na linha, puro risco. Depois do jogo, disse: ‘Tinha três opções. Escolhi a mais arriscada. Se tinha de perder o set, tinha de ser nos meus próprios termos.’ Isto é mentalidade de elite. A mentalidade necessária para vencer estas finais. E foi exactamente o que aprendeu depois do US Open.
AVISO A ALCARAZ
O Carlos não esteve no seu melhor. Erros não forçados a mais com a esquerda. Momentos de perda de concentração com a direita. Talvez cansaço de fim de temporada, talvez simplesmente não tenha a mesma confiança em piso coberto. Mas a resposta é clara: se quer dominar em 2026, tem de começar a melhorar nos dois primeiros golpes, o serviço e a resposta.
SINNER SUPERIOR
Porque é que Alcaraz precisa de acelerar? Porque Jannik é actualmente o número um do mundo em serviço+1 e resposta+1. É único. Tivemos jogadores que dominaram um lado da equação: Roger no serviço+1, Rafa e Novak na resposta, mas nunca ambos. Isto é algo novo na história do ténis.
ANSIOSO POR 2026
2025 trouxe-nos a rivalidade que esperávamos. Seis finais esta temporada. Quatro nos maiores palcos. Duas lendas em formação, a puxarem uma pela outra para evoluir mês após mês. Carlos termina como número um do mundo. Jannik termina com o título das ATP Finals e o momentum. 2026 já se adivinha incrível.
