Miguel Oliveira vai jogar com lenda em 2019: «Apresentei-lhe o meu projeto e ele aceitou»

Por José Morgado - Março 14, 2019

O português Miguel Oliveira vai formar dupla, este ano, com o espanhol Willy Lahoz no World Padel Tour, o circuito internacional que arranca na próxima semana com a realização do Marbella Master.

Depois de ter feito a melhor época de sempre em 2018, terminando na 68.ª posição do ‘ranking’ mundial, o jogador português decidiu tentar a sorte junto daquele que é considerado o pai do padel espanhol que, segundo Oliveira, estava a ponderar despedir-se do padel ao mais alto nível.

“No final do ano passado senti que tinha feito uma época muito boa e que tinha duas opções: mantinha-me no mesmo registo, a jogar com jogadores do meu nível e a disputar pré-prévias, ou procurava alguém melhor que eu, com melhor ‘ranking’ e me pudesse aportar mais experiência e conhecimento. E tive a sorte de ter uma oportunidade com o Willy, que estava a pensar na retirada ou fazer só mais uma época, dada a sua idade. Como ele não tinha parceiro, apresentei-lhe um projeto e ele aceitou. Poderá ser, para mim, inacreditável jogar com o Willy e é uma oportunidade única que estou com muita vontade de agarrar”, confessa Miguel Oliveira.

Apesar dos 47 anos, Lahoz é um dos jogadores mais talentosos do circuito internacional e já ganhou, entre outros títulos, dois torneios do World Padel Tour ao lado de Fernando Bellasteguin, em 2015, quando o parceiro do argentino, Pablo Lima, esteve ausente da competição por lesão.

“Já estamos a trabalhar juntos. Na semana passada estive em Bilbao e, por estes dias, o Willy está cá a treinar comigo para nos prepararmos para darmos luta em Marbella. Preciso de me soltar mais e jogar um pouco mais fluído, porque jogar com um jogador com a qualidade do Willy faz com que queira fazer as coisas todas muita bem e isso provoca alguma pressão e rigidez na tomada de decisão e capacidade técnica dos movimentos”, admite o jogador português que revela ter a dupla como “objetivo encerrar a temporada entre as 24 primeiras duplas do ‘ranking’, o que permitiria o acesso ao quadro principal dos torneios no ano seguinte”.

Além de confessar que procura adquirir maior experiência e conhecimento junto de Lahoz, Oliveira partilha a esperança de “conseguir transmitir juventude, paixão e entusiasmo pelo jogo” ao seu novo parceiro, com quem, por esta altura, constitui a 30.ª dupla da hierarquia mundial.

Autor: Sofia Ramos Silva

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com