Medvedev elogia Tien: «Pode vir a ser número um do mundo»
Depois de duas derrotas em dois encontros frente a Learner Tien, Daniil Medvedev conseguiu a tão desejada desforra para se colocar nos quartos de final em Xangai.
Foi mais um passo do tenista russo em aproximar-se do nível que demonstrou noutros tempos e o próprio reforçou isso mesmo, deixando também muitos elogios ao norte-americano, de apenas 19 anos.
ELOGIOS A TIEN
Não tenho as palavras exactas mas, do meu ponto de vista, é um jogador de ténis impressionante. Quando digo ‘jogador de ténis’, refiro-me a tudo, ao conjunto enquanto tenista. Não tem serviço e o serviço é o mais importante no ténis moderno. Não tem um serviço incrível, e, apesar disso, é capaz de jogar um ténis sensacional com apenas 19 anos. Tendo só 19 anos, tem imenso tempo para progredir e isso dá-lhe um futuro brilhantíssimo. Nunca se sabe o que pode acontecer, o ténis é um desporto duríssimo, mas estou feliz por ter conseguido a vitória contra ele porque, provavelmente, para além dos grandes nomes como o Big Three, Sinner e Alcaraz, ele talvez seja o adversário mais difícil que alguma vez enfrentei. Acho que pode vir a ser número um do mundo no futuro.
JOGO DURO FÍSICA E MENTALMENTE
É assim que ele joga e é assim que ele te faz sentir. Se tivesse jogado sempre ao meu melhor nível nos três encontros em que nos defrontámos, fossem de três ou cinco sets, provavelmente teria ganho o jogo… mas ele obriga-te a jogar de uma certa forma, obriga-te sempre a bater mais uma bola, a correr mais. Quando estás na rede e sentes que o ponto está ganho, ele saca um passing shot da cartola, quando estás a ganhar 30-0, continua a lutar e, de repente, está 30 igual… é isso que ele faz. De certa forma, gosto disso. Odeio defrontar o Learner, mas adoro a forma como luta dentro do court. Hoje não foi fácil, tal como nunca o foi em nenhum encontro contra ele.
QUEIXAS PARA O BANCO SÃO PARA TIRAR A FRUSTRAÇÃO?
Nada, zero, não me ajuda em nada. Devia estar mais calmo em court, mas o Learner deixa-me absolutamente louco. É um tenista impressionante. Perdi dois jogos muito duros contra ele, por isso tinha receio de voltar a perder. Não imaginas o quão feliz estou por ter conseguido ganhar, ainda por cima num encontro com tantos altos e baixos.
SENTIMENTO DE VINGANÇA?
Não, não, estou apenas feliz por ter vencido. Não gosto da palavra ‘vingança’, porque teria gostado de ganhar os três jogos contra ele. Mas sim, perdi os dois primeiros, por isso sabe muito bem finalmente ganhar um. Não estava a pensar em vingança nem nada disso. Talvez, se jogássemos uma final de Grand Slam, pudesse sentir de certa forma que havia um sabor a desforra, mas hoje é simplesmente uma grande vitória.
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