Marcos Giron: a ex-estrela da NCAA que operou um milagre depois de ser operado à anca

Por José Morgado - Março 11, 2019

Marcos Giron, de 25 anos, está a ser uma das grandes histórias da semana em Indian Wells. Atualmente no 217.º posto do ranking ATP, o tenista norte-americano, que está mais habituado a competir no circuito Challenger, recebeu um wild card para a fase de qualificação e aproveitou-o a caminho da terceira ronda do quadro principal, com um percurso de triunfos que incluiu nomes como Thomas Fabbiano, Miomir Kecmanovic, Jeremy Chardy ou… Alex De Minaur.

Apesar da sua tenra idade, Giron já passou por bastantes dificuldades e chegou a ter a carreira em risco. Estrela da Universidade de UCLA, uma das mais relevantes dos Estados Unidos (especialmente no que ao desporto diz respeito), Giron foi campeão nacional universitário em 2014 e parecia encaminhado para uma interessante carreira profissional quando se lesionou com gravidade na anca, necessitando mesmo de ser operado. Agora, está finalmente recuperado e de regresso ao nível que sempre soube ser capaz de jogar.

“Estou muito emocionado com a minha semana. Cheguei com muita confiança do circuito Challenger, mas jamais imaginei que pudesse jogar tão bem. Competi em muitos torneios Futures onde o título me dava apenas dois mil euros. Fui obrigado a começar do zero”, confessou ao ATP, lembrando o dia em que decidiu que tinha mesmo de ser opado à anca. “Os sinais que o meu corpo me dava eram demasiado evidentes. Não dava para esperar mais”, confessou o jovem que esteve dois anos sem competir e chegou a ter de dar aulas em escolas de ténis para ganhar algum dinheiro.

Vamos ver se o torneio de Indian Wells não é apenas o início de algo bem mais relevante…

 

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt