Marat Safin: «Perdi o interesse pelo ténis. Todos jogam da mesma maneira»

Por admin - Outubro 26, 2017
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Marat Safin foi um dos grandes nomes do ténis mundial no final da década de 90/início de 2000. Um encontro com o ex número um mundial nunca era monótono. Desde o seu fantástico talento, pontos inesquecíveis, pancadas potentes até aos seus momentos de loucura que apresentava em court, Safin deixou a sua marca na modalidade, apesar de ter surpreendido tudo e todos ao retirar-se com apenas 29 anos para se dedicar à política.
O antigo tenista russo falou, numa entrevista à Tennismash, sobre aquilo que aprendeu desde que integrou o parlamento. “Aprendi muito com estes seis anos que levo na Duma – parlamento russo – mas preciso de descansar. Não tive tempo nenhum nestes últimos anos de desfrutar a vida e decidi abandonar os cargos políticos. Estou à procura de ter uma vida relaxada e de aproveitar os meus gostos”, afirmou, apesar de ter recebido ofertas para se manter na política.
Numa conversa sem deixar nada por dizer, o vencedor de 15 títulos ATP criticou as mentiras que saem na imprensa a seu respeito: “Chegou-se a dizer que queria ser Presidente da Rússia e jamais tive essa ambição. 90% das coisas que encontras sobre mim na internet são falsidades, mitos ou distorções da realidade”, assegura, negando qualquer pensamento em regressar ao ténis.
“Não quero ser treinador, não quero ser comentador. Na realidade não me quero dedicar a nada que esteja relacionado com o ténis. Gosto de jogar de vez em quando para manter a forma, mas não sigo nada do circuito, nem sequer vejo na televisão. Atualmente todos jogam igual. Perdi o interesse por este desporto, não tenho saudades. Não há personalidades nem talentos como o Roger Federer ou Rafael Nadal”, comentou.
E se pensava que Marat Safin teria problemas em falar da sua vida privada, engane-se. O russo abriu a alma. “Tive as minhas oportunidades de ter uma mulher e formar uma família. Durante seis anos tive uma relação séria mas nada mais. Toda a minha vida vivi para mais alguém e agora aquilo que quero é divertir-me”. Questionado sobre o porquê de raramente dar entrevistas, a resposta foi… à Safin. “A quem vou conceder uma entrevista? A um idiota? Não temos jornalistas sérios na Rússia, a única coisa que querem é sensacionalismo”, criticou.