Marat Safin: «Não esperava que o Djokovic vencesse 10 Grand Slams»

Por admin - Outubro 27, 2015

Dedicado à política desde 2011, ano em que foi eleito deputado no parlamento russo, Marat Safin recusa-se a desviar os olhos de um circuito que chegou a liderar numa altura em que, assegura, “o nível era mais alto”, por não haver “apenas quatro ou cinco jogadores a dominar”.

Entre os dominadores do ténis atual, o antigo número um mundial e duplo campeão de Grand Slams encontra um jogador que confessa tê-lo surpreendido “pela forma como vence”. “Defrontei o Djokovic no Open da Austrália quando ele era jovem [em 2005]”, começou por contar o antigo jogador russo ao Tennis Podcast.

“Era evidente que era talentoso e que podia tornar-se forte, mas não esperava que ele vencesse dez Grand Slams”, admite Safin, ressalvando, ainda, que “agora é mas fácil vencer um Grand Slam do que no passado. […] Na minha época, havia melhores joagdores. O top-20 tinha grandes nomes: Ivanisevic, Krajicek, Sampras, Agassi, Kuerten, Norman, Kafelnikov”, continuou.

E se “Novak é completo, focado e muito trabalhador”, Roger Federer é, “sem dúvida, o jogador mais talentoso de sempre”, segundo o ex-jogador de 35 anos. “Ele é um jogador completo: tem muitas armas, faz o que quer com a bola. Infelizmente, nós não temos o seu talento”, lamenta Safin.

Um alívio chamado Open da Austrália

O primeiro grande sucesso do moscovita aconteceu em 2000, ao conquistar o Open dos Estados Unidos. Uma proeza que, ao contrário do que se poderia imaginar, não lhe veio tirar o pesos que carregava nos ombros, por ser considerado um dos jogadores mais talentosos da sua geração e de quem se esperava mundos e fundos.

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O russo sagrou-se campeão do Open da Austrália, em 2005, depois de bater Lleyton Hewitt na final

“Tive oportunidade de vencer outra final no Open da Austrália [em 2002 e 2004] e alcancei as meias-finais em Roland Garros e Wimbledon, mas não consegui vencer o segundo Grand Slam. Tornou-se uma obsessão, todos me perguntavam quando é que voltaria a fazê-lo. Foi um grande alívio vencer o Open da Austrália, em 2005”.

Lembranças de um deputado que vai encontrando forma de manter vivo, entre os assentos do parlamento, o seu lado de jogador: “Há características semelhantes entre um atleta e um político. Tem de se ser paciente, estar focado e pensar”. Uma vez jogador de ténis, para sempre jogador de ténis.