Kyrgios: «Não tenho de demonstrar nada. Estou muito satisfeito com o que alcancei»

A poucos dias do arranque de Wimbledon, as dúvidas são muitas em relação ao desempenho de Nick Kyrgios, tendo em conta o pouco que jogou em 2023 – tem apenas um jogo… e perdeu-o.

Ainda assim, a confiança do australiano, sem grandes surpresas, mantém-se em alta, tal como a sua boa disposição. Numa entrevista à Tennis Magazin, o bad boy voltou a ser muito sincero e honesto sobre a sua carreira, até ao momento.

TRANQUILO COM O QUE CONQUISTOU

Não tenho que demonstrar nada. Quando era miúdo, nunca acreditei que era possível jogar a este nível e vencer qualquer profissional. Hoje sei o que é ganhar aos quatro grandes, levantar títulos e inspirar milhões de pessoas. E tudo com simplesmente a ser eu mesmo.

Kyrgios procura parceiro de treino para Wimbledon… no Twitter

FAMA

Na Austrália é muito difícil de ter vida privada. Quando eu e a minha namorada saímos para jantar à noite há sempre gente que aparece e quer fotografias. Quando venci o Nadal em Wimbledon houve pessoas que acamparam à porta de minha casa durante duas semanas. Nem sequer podia ir à porta.

DIFERENÇA ENTRE GANHAR E ENTRETER

Para mim é muito importante, não creio que o desporto e o entretenimento tenham estado tão fortemente amarrados. É bom ter um equilíbro, claro, há jogadores como o David Goffi, são um exemplo e só se concentram no ténis. Mas há tipos como o Monfils e eu que atraímos grandes multidões, é algo que também é importante. Se ninguém estiver a ver, o desporto profissional não tem sentido.

CONTENTE COM A CARREIRA

Nunca oiço o que as pessoas dizem, estou muito satisfeito com o que alcancei. Tenho 28 anos, agora estou novamente saudável, a minha família também está, tenho uma namorada linda e uma casa nas Bahamas. O ranking? Não creio que faça justiça à realidade, só premeia a persistência. No ano passado ganhei ao Rublev quando era número sete do mundo e o quê? As posições não significam nada.