Kyrgios lança a bomba: «Não me vejo a voltar a jogar o Australian Open em singulares»

Por José Morgado - Janeiro 13, 2025

Nick Kyrgios foi eliminado esta segunda-feira na primeira ronda do Australian Open, naquele que foi o seu regresso ao maior torneio do seu país três anos depois. O tenista australiano passou pela sala de conferências de imprensa onde deu a entender que esta edição do maior torneio do seu país poderá ter sido… a sua última da carreira.

“Foi bom receber todo aquele apoio das pessoas. Estou lesionado, mas não quis desistir. Realisticamente, não me vejo a voltar a jogar o Australian Open em singulares. Sei que ainda vou jogar o quadro de pares, mas foi um momento especial para mim. Hoje sabia que ia ser difícil e que a minha lesão [abdominal] por iria estar muito limitado no serviço, mas não quis deitar a toalha ao chão. O timing da lesão abdominal não foi ideal, mas as coisas são como são. Sabia que não estava a 100 por cento. Ele jogou muito bem, fez tudo melhor do que eu, mas as coisas são como são.”, confessou Kyrgios em conferência de imprensa.

Kyrgios detalhou um pouco mais sobre a razão pela qual não imagina um grande futuro pela frente. “É difícil imaginar a trabalhar de novo durante um ano inteiro para chegar aqui e ter dificuldades para ganhar sets. É duro. Fisicamente estou com dificuldades em aguentar e ganhar encontros. Vem aí um longo ano pela frente, estou confiante de que ainda poderei fazer algumas coisas boas este ano. Vamos ver como as coisas correm. Mas não sei se voltarei aqui e por isso quis desfrutar do momento. Foi por essa razão que não usei os phones a entrar no court. A minha operação foi há mais de um ano, tenho trabalhado muito, mantive-me motivado, fiz muito ginásio, mas parece que o meu corpo está a querer compensar a minha lesão no pulso. Não é divertido para mim jogar ténis na condição física em que estou.”

O australiano planeia jogar todos os principais torneios até ao final da temporada e assegura que não tem arrependimentos em relação à sua carreira. “A minha caminhada ainda não acabou, mas tive uma carreira incrível. Não me arrependo de nada. Tudo tem sido uma curva de aprendizagem para mim. Tenho tentado divertir-me, ser real e aproveitar a jornada. Vou jogar todos os principais torneios este ano, esse é o plano. Wimbledon é especial pois acredito que posso causar impacto se estiver saudável”.

Kyrgios tentou recuperação épica mas despede-se na estreia no regresso a Melbourne

 

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com