Kyrgios: «Houve uma altura em que odiava a minha vida. Cortava-me, queimava-me…»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Maio 5, 2022
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Nick Kyrgios já confessou que em 2019, pouco antes de a pandemia de Covid-19 se instalar, passou por uma grave e perigosa depressão. O australiano detalhou o que lhe passava pela cabeça nesse momento e o que chegou mesmo a fazer.

“Foi um momento muito grave e preocupante. Cheguei ao ponto de me automutilar. Havia muitas pessoas que se preocupavam comigo, mas eu afastei-me de todos. Tentei lidar com os problemas sozinho. Abusei no álcool e nas drogas. Hoje em dia estou bem. Apenas bebo um copo de vinho ao jantar, mas nada como antes. Tive problemas com a família e a primeira coisa foi ter hábitos de vida mais saudáveis”, começou por afirmar em entrevista ao Wide World of Sports.

Mas Kyrgios não fica por aqui. O australiano detalhou ainda mais aspetos, explicando que a pressão que era exercida sobre si o levou a um cenário muito complicado. “Ninguém queria saber quem era o Nick Kyrgios ser humano. Só queriam saber como tenista, o tenista louco. Eu era usado. Sentia que estava a defraudar toda a gente sempre. Sentia-me inútil. Houve uma altura em que odiava a minha vida. Cortava-me, queimava-me… Era algo muito marado o que eu estava a passar. Era um momento tão obscuro que hoje em dia me assusta. O que não te mata faz-te mais forte”, confessou.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt