Kyrgios achou que não devia ser multado, mas ATP teve mão pesada: 35 mil dólares

Por José Morgado - Março 31, 2022
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Nick Kyrgios, derrotado nos oitavos-de-final do ATP Masters 1000 de Miami num encontro polémico, em que levou um jogo de penalização do árbitro brasileiro Carlos Bernades, ficou a saber esta quinta-feira que foi multado em 35 mil dólares na sequência daquilo que se passou nesse embate, diante do italiano Jannik Sinner: 20 mil por abuso verbal, 10 mil por conduta antidesportiva e mais 5 mil devido a uma obscenidade audível…

Esta é a terceira maior multa da carreira de Kyrgios, que acumula mais de 326 mil dólares de sanções, mas os 35 mil dólares de Miami ficam ainda assim muito longe dos 155 mil que ele já garantiu neste torneio, numa altura em que ainda se mantém em prova nas meias-finais de pares.

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Kyrgios, recorde-se, tinha dito em conferência de imprensa que não esperava ser multado. “Não acho justo. O Shapovalov acertou num árbitro de cadeira com uma bola e foi multado em 5.000 euros. Eu atiro uma raquete que não acerta em ninguém e eles multam-me em 25 mil. Este é o problema do ténis. O que mais eu tenho que fazer por este desporto? O ténis não protege as suas estrelas. O ATP nunca protege os jogadores. Fui ver aquele apanha-bolas no outro dia e dei-lhe a minha raqueta. Isso é algo de que ele vai se lembrar para toda a vida, mas o ATP não coloca isso nas redes sociais. Eu não me importo. Eu sei que sou uma boa pessoa, mas por que raio eles me penalizariam hoje? Eles não vão dizer nada a ele por causa da sua péssima arbitragem hoje, que foi horrível. O ATP não vai fazer nada com ele. Ninguém vai escrever artigos maus sobre isso. Ele vai aparecer em outro encontro e ninguém vai lembrar-se do quão mal ele esteve hoje. Eu, a minha namorada ou minha equipa teremos que lidar com os comentários ruins e o ATP nem quer saber”, disse na terça-feira.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt