Kostyuk arrasa público francês: «Deviam ter vergonha»

Por Nuno Chaves - Maio 28, 2023
Ukraine’s Marta Kostyuk reacts during her women’s singles match against Belarus’ Aryna Sabalenka on day one of the Roland-Garros Open tennis tournament at the Court Philippe-Chatrier in Paris on May 28, 2023. (Photo by Thomas SAMSON / AFP)

Marta Kostyuk foi este domingo eliminada na primeira ronda de Roland Garros e, no final, acabou assobiada pelo público francês por não ter cumprimentado Aryna Sabalenka.

A tenista ucraniana passou, mais tarde, pela sala de conferências de imprensa onde lamentou o sucessido e deixou alguns reparos ao público gaulês.

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ASSOBIOS

Quero ver a reação das pessoas daqui a 10 anos quando a guerra terminar. Acho que não se vão sentir muito bem com o que fizeram. Já tinha dito que não ia cumprimentar russas e bielorrussas, não sei por que motivo acharam que ia mudar a minha mente. Não esperava que isto acontecesse. Não tenho reação a isto. As pessoas deviam ter vergonha, mas isto não é comigo. Eu estou bem. Nas redes sociais após os meus comunicados tenho muitas reações negativas mas apago a maioria.

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Tenho a certeza de que seria diferente porque Wimbledon baniu-os no ano passado e a reação aí das pessoas era muito diferente, até mesmo quando estávamos na rua. Senti muito apoio, por isso, tenho a certeza que a reação seria diferente.

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SABALENKA DIZ QUE NÃO APOIA A GUERRA

Acho que o que lhe deviam perguntar é quem é que quer que vença a guerra porque se fizerem essa pergunta não sei se este tipo de pessoas vão dizer que querem que a Ucrânia vença. Isto é algo que mudou a vida das pessoas. Se me perguntarem quem eu quero que vença eu vou dizer a Ucrânia. Não sei como vai acabar mas quero que a Ucrânia vença. Quanto a eles não sei. Ela devia falar por ela própria, primeiro que tudo. Diz que todas as atletas não apoiam a guerra e eu conheço tenistas que apoiam a guerra. Dizer que ninguém apoia é demasiado forte porque só podes falar por ti.

Jornalista na TVI; Licenciado em Ciências da Comunicação na UAL; Ténis sempre, mas sempre em primeiro lugar.