Kokkinakis prepara-se para voltar: «Cortaram-me metade do peitoral direito»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Setembro 15, 2025

Thanasi Kokkinakis está a preparar-se para voltar à competição. Sem competir desde o Australian Open, o australiano foi submetido a uma operação ao peitoral direito, uma medida que considerou ter sido mesmo o último recurso para ainda tentar relançar a carreira.

“É um risco que decidi correr, sabendo que talvez não tivesse outra oportunidade. Nenhum tenista tinha sido submetido a este tipo de cirurgia, então foi muito arriscado. Foi uma operação única, mas negava-me a continuar a fazer o mesmo de antes, que era jogar com dor. Tive de suportar isso nos últimos anos, então queria arriscar para ver o que ia acontecer”, começou por afirmar, em declarações recolhidas pelo Ubitennis.

Ora, Kokkinakis explicou tudo aquilo que se passava. “Joguei com uma rotura no peitoral durante grande parte dos últimos quatro ou cinco anos. Se tentasse ganhar um encontro longo, ou quando tentava jogar dois encontros seguidos, o braço inchava e não podia jogar. Se continuasse, acabava por me retirar. Não aguentava mais, não queria ganhar um encontro e ter de desistir a seguir. Queria testar algo novo para ver se a situação podia melhorar, mas a verdade é que me tirar muito tecido e cortaram-me metade do peitoral direito. Colocaram-me parte do tendão de Aquiles de um doador falecido para ligar o meu peitoral rasgado ao ombro”, revelou.

E como se sente agora? Os planos são voltar no Australian Open. “Agora estou bem, voltei aos courts há um par de semanas, comecei a treinar a sério e as minhas pancadas no fundo do court estão quase a 100%. A parte mais complicada é o serviço, é nisso que estou a trabalhar mais tempo para recuperar, veremos. O meu objetivo é voltar ao circuito em 2026. Estou a desfrutar deste momento, do recomeço do zero, de jogar sem dor, algo que quase nunca pude fazer na minha carreira. Mentalmente estou bem, mas se não puder voltar na Austrália será muito difícil de digerir”, comentou.

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O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt