Kokkinakis sobre ausência de Kyrgios: «Não sinto pena dele»
É australiano, é jovem e joga ténis. Uma combinação que tem tudo para ser explosiva, diz-nos o passado recente, a não ser que estejamos a falar do pacato Thanasi Kokkinakis, que faz, por estes dias, o seu regresso à competição nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
O australiano de 20 anos não tem a companhia do melhor jogador do seu país, Nick Kyrgios, que se viu envolto numa acesa polémica com o Comité Olímpico Australiano, mas não lamenta propriamente a ausência do irreverente e talentoso compatriota.
“Não posso dizer que sinta pena dele”, disse Kokkinakis ao “Fairfax Media”. “Talvez tenham sido duros com eles em algumas coisas, mas foi a sua escolha. Ele foi na direção que escolheu. Ele tem uma personalidade diferente”, acrescentou o jogador de Adelaide, relembrando que Kyrgios terá pela frente mais oportunidades de participar nos Jogos Olímpicos.
Para Kokkinakis, Kyrgios está deitando na cama que fez, que é como quem diz, a sofrer as consequências das atitudes inflamadas que vai tendo não só dentro do court como nas redes sociais. “Tento ficar fora disso [das polémicas]. Não tenho problemas com o Comité Olímpico. O Nick gosta de marca a sua posição através do Twitter”.
“Todas as pessoas têm maneiras diferente de reagir. Eu sou mais descontraído. Não falei com ele sobre isso, na verdade não falo assim tanto com ele. Quando falamos, não é para falar deste tipo de decisões. É mais sobre basquetebol e coisas do género”.
Sobre a troca de galhardetes entre Kyrgios e Kitty Chiller, chefe do Comité Olímpico, que disse só querer levar para o Rio os atletas que mostrassem boa conduto, Kokkinakis preferiu não tomar partido. “Aquilo ficou feio, mas é assim que por vezes funciona. Eu conheci-a e comigo está tudo bem. Claro que com o Nick a história é diferente, mas comigo está tudo bem”, acrescentou o atual número 452 mundial, que diz ter regressado aos courts apenas por se tratar dos Jogos Olímpicos, já que não se sente ainda a cem por cento.