Keys: «Achava que ganhar um Grand Slam significava mudar como pessoa e então não valia a pena»

Por Nuno Chaves - Março 8, 2025

Madison Keys está de regresso à competição depois de viver o momento mais importante da carreira com a conquista do Australian Open.

A número cinco mundial falou à ESPN onde recordou os tempos após vencer o primeiro título do Grand Slam. Keys deu uma perspetiva muito interessante e revelou que achava que tinha de mudar de personalidade caso vencesse um Major.

DESGASTE APÓS O TÍTULO

Foi realmente esgotante emocionalmente. Estás ao mais alto e depois chegas a casa e tudo acaba. Estava em coma, a tentar recuperar. Foi um feito incrível, estava muito feliz mas a montanha russa emocional posterior foi um pouco surpreendente. É curioso ver a quantidade de ex-jogadoras que me disseram: ‘A crise existencial é totalmente normal’.

FORMA DE VER UM GRAND SLAM

Sempre quis que ser uma boa pessoa fosse o principal sobre mim. Sempre fui contra a ideia de que pessoas boas não podem ter sucesso, sempre odiei essa história. Pensei que se ganhar um Grand Slam significasse que tinha de mudar como pessoa e ficar pior ou não tão boa, então não valia a pena porque não quero mudar o que sou só para conseguir um feito que, sendo realista, daqui a cinco anos ninguém se vai importar. Senti-me realmente validade pela quantidade de apoio que recebi, demonstrou que sou uma boa pessoa. Isso é muito importante para mim e quase mais especial ainda que ganhar. 

OBJETIVOS

O objetivo é ganhar outro Grand Slam mas a realidade é que há muitas outras jogadoras muito boas e é muito difícil ganhar um, por isso, talvez não volte a acontecer, não faz mal. A minha meta é ser realmente honesta na gestão das minhas expetativas e continuar concentrada e a fazer as coisas que fiz realmente bem e simplesmente desfrutar do processo porque honestamente, o mês de janeiro na Austrália foi, provavelmente, um dos mais divertidos que tive num court de ténis. 

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Jornalista na TVI; Licenciado em Ciências da Comunicação na UAL; Ténis sempre, mas sempre em primeiro lugar.