João Sousa gosta do novo formato da Davis mas diz que este não ajuda Portugal

Por José Morgado - Dezembro 27, 2019
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João Sousa reconhece ter ficado bastante agradado com o novo formato da Davis Cup Finals, ganha por Espanha em novembro, mas considera que este não favorece Portugal, que está inserido no Grupo I.

“Gostei imenso do formato, na minha opinião, é muito melhor. É desgastante, porque são vários dias seguidos, mas acaba por ser mais vantajoso para as nações e também mais divertido para os fãs. Gostei imenso de ver e assistir às Finals”, confessou em declarações à Agência Lusa.

Apesar de rendido às alterações efetuadas pela Kosmos de Gerard Piqué, que ‘compilou’ a competição do Grupo Mundial da Taça Davis numa única semana, João Sousa confessa não apreciar o formato do Grupo I, disputado em várias eliminatórias ao longo do ano, todas em dois dias, uma vez que Portugal não tem “um jogador especializado em pares”.Acredito que isso nos desfavoreça um pouco, no sentido em que tenho de jogar o singular, depois os pares e novamente o singular. É bastante desgastante jogar o par e o singular no mesmo dia, é uma coisa que nunca fizemos e é bastante esquisito. Mas é o que eles querem fazer e nós somos apenas jogadores e limitamo-nos a cumprir as regras, mas a verdade é que a nós, Portugal, não nos favorece esse tipo de formato”, explicou.

Uma opinião, segundo o minhoto, partilhada pelos restantes jogadores que habitualmente representam as cores nacionais na Taça Davis. “Já troquei impressões com os outros jogadores, com o Pedro [Sousa], Gastão [Elias], João [Domingues], Kiko [Frederico Silva], temos vindo a falar sobre isso, e a verdade é que todos concordamos que o formato não é o melhor para nós, mas aceitamos e tentamos dar o nosso melhor quando jogamos, e tem sido assim nos últimos dois anos”, frisou.

Ainda assim, João Sousa antevê um futuro risonho ao novo formato da Davis Cup Finals, que este ano teve como herói o seu amigo Roberto Bautista-Agut que, apesar de ter perdido o pai durante o evento, regressou à seleção espanhola para ajudar a conquistar a ‘saladeira’. “É um exemplo incrível de perseverança e profissionalismo. É incrível o que ele fez, e acho que todos ficaram impressionados com a coragem dele, depois de tudo o que aconteceu, e a vontade de estar presente na final. Teve um valor incrível!”, destacou Sousa, acrescentando que, no futuro, a Davis Cup Finals terá “edições muito boas” e desejando que “Portugal possa estar presente”.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com