João Sousa fala de humildade, quer melhorar o serviço e descrever Nadal, Federer e Djokovic numa frase

Por José Morgado - Novembro 2, 2018

Aos 29 anos, João Sousa é incontestavelmente o melhor jogador de todos os tempos em Portugal. Mas isso não faz do vimaranense uma pessoa menos humildade do que aquilo que sempre foi. Até porque, lembra o minhoto, desde pequeno que nunca foi visto por ninguém como alguém que ia ser realmente bom.

“Sou muito humilde desde pequeno. Tenho raízes humildes e sempre acreditei no trabalho. A minha carreira construiu-se nessas bases. Nunca fui aquele jogador que ia ser muito bom. Sempre fiz o meu trabalho. Os atletas que têm êxito muitas vezes usam um escudo e parecem pouco humildes.Temos muitas vezes a sensação de que estão a tentar aproveitar-se de nós, mas tento sempre deixar o meu escudo de lado. Há atletas que lidam melhor do que outros”, confessa Sousa no podcast ‘Maluco Beleza’, admitindo que alguns jogadores passagem imagem de serem mais ‘arrogantes’.

Sousa lembra que o seu ídolo sempre foi Ferrero, mas não poupa elogios a Federer e Nadal. “O meu ídolo sempre foi o Juan Carlos Ferrero. Diziam que éramos parecidos. Já o conheci e não foi uma desilusão. Eu ganhei a última edição do torneio de Valência do qual ele era o diretor. Foi ele que me deu o troféu. Admiro muito o Federer e o Nadal. Com o Rafa tenho uma relação muito próxima. Já tive em casa dele. É o melhor alteta e uma pessoa fantástica, humilde e tudo isso”.

O vimaranense tentou descrever os três melhores jogadores do Mundo em curtas palavras. “Federer tem uma classe e facilidade de tornar o difícil fácil que é absurda. Nadal tem uma capacidade de sofrimento, luta e força incríveis. Djokovic é um pouco a mistura dos outros dois. O equilíbrio”

O serviço… é para melhorar. “Serviço é muito importante. Temos melhorando mas acredito que posso melhorar ainda mais e quero muito fazer isso. Não tenho grande percentagem de ases ou serviços ganhantes, mas é um aspeto que posso e quero melhorar. É ótimo ter aspetos a melhorar.”

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com