João Sousa “ainda a 60 por cento” já não vai a Cannes treinar com Medvedev

Por José Morgado - Dezembro 13, 2019
Joao-Sousa

João Sousa, número 60 ATP e melhor tenista português de todos os tempos, continua a recuperar da fratura de esforço no pé direito que o obrigou a terminar a temporada de 2019 ligeiramente mais cedo. O regresso aos treinos tem sido gerido com muito cuidado pelo seu técnico, Frederico Marques, que nos explicou a partir de Barcelona a razão pela qual já não vai a Cannes com o seu jogador para uma semana de treinos mais intensa com Daniil Medvedev e Radu Albot.

“O plano era ir domingo para Cannes treinar com o Medvedev e com o Albot mas não vai ser possível porque neste momento temos o João a 60/70 por cento e ainda não a 100. Ele está a treinar mas com um grau de dor 3/4 quando joga ténis. Só faria sentido treinar com alguém como o Medvedev a cem por cento e sem dor. Queremos ter uma época tranquila, mesmo que não se chegue a cem por cento nas primeiras semanas. É um ano diferente, com Jogos Olímpicos”, confessou-nos o técnico.

Marques deu ainda mais detalhes sobre a recuperação do vimaranense de 30 anos. “Fizemos uma recuperação de quatro semanas e meia sem apoiar o pé no chão para ver se a fissura fechava e para evitar males maiores. Estamos a voltar aos poucos, o João fez uma ressonância ao fim de cinco semanas e a fissura ainda lá estava. Trabalhamos de maneira progressiva para recuperar da maneira mais natural possível, sem infiltrações. Quisemos tratar naturalmente e fazer uma regeneração óssea natural.”

O plano para os próximos dias também já está definido. “Ele fará treinos bi diáros de físico, alguma corrida, uma recuperação tranquila. Depois de semanas em apoiar o pé, é necessário ir com calma. Na próxima semana já vamos treinar praticamente todos os dias. Dia 21 viajamos para Portugal para passar o Natal. Voltamos a 26 e no dia 27 fazemos novo exame para perceber se é necessário depois fazer alguma terapia um pouco mais drástica. Não estamos tão bem como queríamos para o processo tem sido bom e tranquilo. Ele está motivo e com vontade de treinar e competir. As lesões fazem parte, há que aceitá-las e ele tem tido sorte nisso. Tem tido poucas”, recordou.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com