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João Monteiro e a estreia no Millennium Estoril Open: «O primeiro pensamento que tive foi, e se entro em campo e sou espancado?»
João Monteiro estreou-se este sábado num torneio ATP. O jovem português abriu o Court Central para disputar a primeira ronda da fase de qualificação do Millennium Estoril Open, mas acabou eliminado às mãos do jovem sueco Elias Ymer.
Num encontro em que fez uma excelente prestação, João Monteiro revelou que o nervosismo influenciou o resultado: “Foi um jogo duro, dei-me melhor do que eu estava à espera, com o nervosismo, o público, as bancadas, algo que não estou muito habituado. Entrei 4-1 acima, e fiquei assim um bocado atarantado, e comecei a pensar muito nas coisas, mas acho que foi um bom jogo, acho que correu bem. Foi nos detalhes, ali uns quatro, cinco pontos. Isso são as partes negativas [em relação ao pensar demais]. Mas depois tens as partes positivas, como o público a puxar por ti, o que também te dá mais força e no fim estava mais desgastado pelos nervos, do que propriamente pelo ritmo de jogo.”
“[Ontem ] foi um misto de emoções, não foi fácil de ir dormir. Fiquei a pensar o que é que vai acontecer, porque há muitos pensamentos de um jogador que entra em campo que as pessoas que estão na bancada não fazem ideia. Neste caso, o primeiro pensamento que tive foi: e se entro em campo e sou espancado?E se eu entro em campo e fica 6-1 6-1? O que é que acontece? Não estou muito habituado a este nível e não sei o que esperar, com o que contar, por isso é um sentimento estranho. É um bocado cruel dizer que o melhor jogo que fiz é um jogo que perco. Mas não sei, acho que joguei a um bom nível, preparei-me bem para o jogo”, confessou Monteiro após o encontro.
Menos de um ano depois de ter regressado dos Estado Unidos, João Monteiro continua a subir no ranking, mas o jovem de 23 anos não quer ficar por aqui: “Nós todos os jogadores que estamos ali no top- 300/400, sabemos que a diferença para um cento e tal do mundo não é muita. Mas eles num 30-30, num 40-30 vão estar melhor que nós, é nos detalhes. Agora o progresso é mais lento, é mais gradual, é com calma. Nós definimos um objetivo de chegar ao top-300 até ao final do ano. Estou a cerca de 150, 160 lugares desse objetivo, mas não são precisos os mesmos pontos para subir 150 lugares agora do que era há quatro meses atrás. É um objetivo ambicioso, realista, mas há-que pontuar nos próximos torneios, que não são o Estoril Open, mas são tão se não mais importantes na minha carreira neste momento.”
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