João Fonseca tem uma obsessão para cumprir: «Espero cruzar-me com Djokovic»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Abril 23, 2025
fonseca miami
/fMIAMI GARDENS, FL – March 22: Joao Fonseca of Brazil at the Miami Open held at the Hard Rock Stadium on March 22, 2025 in Miami Gardens, Florida (Photo by Peter Staples/ATP Tour)

João Fonseca já é um dos focos de maior atenção em qualquer torneio por onde passe e isso não é diferente em Madrid. O jovem prodígio brasileiro está a dar que falar no Masters 1000 espanhol e, na antevisão da sua participação, que arranca diante de Elmer Moller, não escondeu a vontade de encarar… Novak Djokovic. Isso só pode acontecer nos ‘quartos’, mas o carioca olha sempre para essa hipótese.

DE OLHOS POSTOS EM DJOKOVIC

Cada vez que vou para um torneio importante, digo ao meu treinador que espero cruzar-me com Djokovic. O resultado seria o menos importantes, tentaria desfrutar ao máximo de cada minuto no court. O que mais gosto é de defrontar os melhores do Mundo, desfruto desses desafios porque jogo sem pressão. Quero jogar contra os tenistas mais irónicos do mundo e sei que com o Novak talvez não haja muitas oportunidades para isso.

EVOLUÇÃO CONSTANTE E UM OBJETIVO CLARO

Vejo-me a evoluir muito e rapidamente. Em terra batida estou muito confortável, criei-me tenisticamente nesta superfície e tenho grande confiança no meu ténis. Continuo a trabalhar duro para ser número um do Mundo, que é o meu grande sonho, mas sei que há um longo caminho pela frente e tenho de ir passo a passo. Preciso de ir vivendo experiências que me ajudem a construir-me como tenista. A curto prazo, gostaria muito de chegar à terceira ronda de Roland Garros, é o meu objetivo principal agora.

UM PONTO FORTE

Não quero parecer arrogante, mas considero-me muito maduro para a minha idade. Os meus pais e a minha equipa dizem-me sempre que entendo as coisas que dizem muito rápido e interiorizo com naturalidade, o que não é habitual para as pessoas da minha idade. Por exemplo, vi claramente a consistência e ética de trabalho que é preciso para dar o salto para o profissionalismo e fui muito responsável desde o primeiro momento em que me decidi tornar um tenista profissional. A minha maturidade é o que marca a diferença.

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O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt