João e Pedro Sousa lamentam mas compreendem alteração na Taça Davis

Por José Morgado - Agosto 16, 2018

João Sousa e Pedro Sousa lamentam as alterações aprovadas hoje no formato da Taça Davis, durante a Assembleia Geral da Federação Internacional de Ténis (ITF), mas compreendem a decisão tomada, com 71º por cento dos votos a favor, em Orlando, nos EUA.

“Obviamente que é triste acabar uma competição com tantos anos e prestígio a nível mundial. Vai perder-se um bocadinho o ambiente de se jogar em casa e fora. Mas o sentimento de representar Portugal vai continuar a estar presente no novo formato e acho que há coisas muito positivas para os jogadores”, avança João Sousa, em declarações à Lusa, partilhando da mesma opinião do compatriota e número dois nacional, Pedro Sousa. “Perde-se um bocadinho da ‘magia’ da Taça Davis e em que o fator casa podia fazer muita diferença. As condições, o público… tudo contava.”

Apesar do fim do histórico formato da Taça Davis ter sido aprovado e entrar em vigor em 2020, ambos entendem as alterações e até acreditam ser benéficas para os jogadores. “A competição tornar-se menos exigente, ao contrário do que acontece hoje em dia em que é disputada em cinco sets e, isso, acaba por fazer alguma mossa até ao nível mais pessoal de cada jogador. Cada um tentava lidar da melhor maneira com isso e, no meu caso, lidava muito bem. Gosto muito de representar Portugal, estou sempre disponível e obviamente que continuarei a estar com o novo formato”, sublinha o vimaranense número 61º ATP.

Já Pedro Sousa destaca ainda a redução no calendário competitivo que surgirá em 2020. “Para os jogadores poderá ser melhor porque têm de abdicar de menos semanas de competição. Mas, sendo a final da Taça Davis na última semana do calendário, alguns jogadores já vão chegar cansados”, lembra o lisboeta, defendendo, ainda assim, ser esta uma medida para fazer com que “melhores jogadores participem na competição.”

Para Portugal, integrado no Grupo I da zona Euro/África, João e Pedro Sousa entendem que as alterações na Taça Davis podem ser benéficas. “Pode ser bom porque, se nos mantivermos no Grupo I como temos vindo a fazer, vamos ter a cada ano a hipótese de jogar o play-off para o Grupo Mundial”, acrescenta o número dois português e 124º ATP. “Existe a ambição de estar no Grupo Mundial e, no nosso Grupo, julgo que as alterações não serão drásticas. Vamos, portanto, poder continuar a lutar para estar no Grupo Mundial”, completa João Sousa.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt