Entrevista a Jiri Lehecka [parte III]: «Sonho é final de Wimbledon com Djokovic pelo número um»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Fevereiro 3, 2023
Créditos: Miguel Pinto/FPT

Chegamos à terceira e última parte da entrevista exclusiva com Jiri Lehecka, tenista checo que, aos 21 anos, impressionou ao atingir os quartos-de-final do Australian Open para abrir a temporada. O vice-campeão das Next Gen Finals não vacilou quando perguntámos qual seria a sua vitória de sonho em 2023 e também partilhou as suas preferências pelos tenistas da nova geração.

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BOLA AMARELA – És um louco por ténis que está sempre a ver ou preferes não ver quando tens tempo livre?

JIRI LEHECKA – Quando estou num torneio, vejo ténis o tempo todo. Quando estava no Australian Open e acabava o meu encontro, chegava ao hotel, ligava a televisão e via todos os encontros que estivessem a acontecer. Mas quando não estou num torneio, por exemplo em casa, preciso de ter tempo livre para me voltar a focar, relaxar e pensar noutras coisas. Passar tempo com família e amigos também, que me ajuda a limpar a cabeça.

BA – Quem gostas de ver na nova geração?

JL – Gosto mesmo muito de ver Lorenzo Musetti. O seu ténis é muito bom de ver, tem um ténis bonito, com muitos amorties, a esquerda a uma mão, um estilo italiano. Depois gosto muito do Stefanos, na verdade. Gosto muito de vê-los aos dois.

BA – Há algum jogador checo de quem não falamos tanto e que aches que vai ser muito bom?

JL – É difícil dizer porque agora temos muitos jogadores que ainda não estão no topo, mas têm nível e potencial para lá chegar. Não quero dizer um nome que devia estar mais alto porque ainda têm tempo, mas se olharmos para a nossa geração jovem no ténis checo, dá para ver muitos talentos interessantes.

BA – Imagina que podes escolher uma vitória de sonho esta época. Podes eleger o torneio, a ronda, o adversário…

JL – Essa é fácil… Seria jogar a final de Wimbledon contra Novak Djokovic pelo posto de número um do Mundo. Ganhar esse encontro seria o máximo que um jogador poderia ganhar e sonhar.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt