Jaime Faria admite: «Tenho de olhar para 2026 de forma diferente»

Por Tomás Almeida - Novembro 27, 2025
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Foto: Beatriz Ruivo

Jaime Faria fez de tudo para sair desta semana com uma prestação mais positiva, mas as aspirações que reservava para a oitava edição do Maia Open não encontraram seguimento depois de uma exibição bastante atípica e irregular da sua parte.

O português, que atingiu o top100 mundial pela primeira vez na carreira em fevereiro deste ano, cedeu pelos parciais de 7-5 e 6-3 perante o romeno de 24 anos Filip Cristian Jianu na eliminatória inaugural do ATP Challenger 100 e colocou, assim, um término na temporada de 2025.

OLHAR SOBRE O JOGO

“Acho que tive momentos bons, momentos muito maus, mas sobretudo muito inconsistentes. Não consegui ter uma linha de jogo. Em alguns momentos senti-me bem, mas não consegui jogar bem nem de direita nem de esquerda. O adversário teve mérito na maneira como se foi defendendo. As últimas semanas que tive também não foram as melhores. Estou um bocado desapontado por não estar a competir ao melhor nível. (…) Não consegui reagir e estar ao nível das expectativas do público.”

O RETRATO DE 2025

“Um ano agridoce. Consegui jogar todos os quadros principais de Grand-Slam. Para mim, foi o mais especial e o que eu digo para mim também é que consegui cumprir todos os meus objetivos. Acho que tenho que olhar para 2026 de outra maneira e ser um bocadinho mais ambicioso e vigoroso a preparar o ano, porque acho que depois, de certa maneira, fiquei um bocado desconfortável. Na verdade, tive ali uma lesão chata que me tirou do meu melhor momento do ano e da carreira. Quando volto, não estou bem e sofro um bocadinho por estar no top 100. As expectativas que tinha não eram as mesmas e talvez não tenha lidado muito bem com isso. Apesar disso, tive momentos bons e felizes que nunca mais vou esquecer.”

Para já, segue-se um mês de preparação para a nova época, que se iniciará nos Antípodas e na fase de qualificação do Open da Austrália, tendo Jaime Faria ainda deixado em aberto a hipótese de jogar o Campeonato Nacional Absoluto nas próximas semanas.

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A minha paixão pelo ténis começou aos 10 anos e desde então tem crescido dia após dia. Já deixou de ser um mero desporto para mim, enquanto consumidor de tudo um pouco, ... bem, talvez nunca tenha sido... Estou aqui para continuar a ser surpreendido e a aprender com algo único e incomparável como o ténis. Hoje em dia não me consigo imaginar a viver sem a bola amarela no canto do olho. Quero seguir neste mundo e fazer dele o meu futuro, crescendo com todas as aprendizagens adquiridas a partir de valiosas experiências. Continuem desse lado!