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Ivanisevic: «Djokovic é um génio, ninguém faria o que ele fez»
Goran Ivanisevic, treinador de Novak Djokovic, deu uma longa entrevista ao site ‘Tennis Majors’, onde destaca o quão distinto é o seu jogador em termos mentais, como ficou mais uma vez provado na sequência dos incidentes relacionados com a deportação do sérvio da Austrália, em janeiro.
PREPARAR UM TORNEIO SEM SABER SE SE VAI JOGAR…
“Acho que as pessoas não sabem de uma coisa: é muito difícil se preparar para um torneio quando você não sabe se se poderá jogar. Poucas semanas antes de Monte-Carlo, o Novak não tinha permissão para estar em Monte-Carlo, de acordo com as regras francesas em relação à covid-19. Então, treinávamos para quê? Ninguém sabia, mas depois lá alteraram as regras. Na minha opinião, ele nem deveria ter jogado no Mónaco, mas tudo bem. Tivemos alguma preparação, mas não o suficiente. A sua energia simplesmente não estava lá.”
NECESSÁRIO JOGAR ENCONTROS
“Depois de Monte-Carlo, eu disse que seria ideal se ele tivesse 10-13 partidas até Roland Garros, porque essa é a prioridade dele. Esse foi o caso e ele jogou 11 encontros desde então, porque o Murray desistiu antes de jogarem (em Madrid).
GÉNIO MENTAL
“Ele é um génio , porque é preciso tão pouco para ele voltar ao seu nível mais alto. Acreditem, 95% dos jogadores nunca teriam recuperado depois de tudo o que aconteceu na Austrália. Mas já sabíamos que ele ia superar isto. Mas ele estava muito afetado
ROMA, O PONTO DE VIRAGEM?
“Em Roma só recebemos a confirmação de tudo o que vimos em Madrid. Ele estava a melhorar a cada dia e era muito importante que ele viesse a Paris sendo o número 1 na sua cabeça. Tudo o que planeámos concretizou-se.”
RELAÇÃO COM DJOKOVIC
“No início às vezes era difícil. Eu treinei grandes jogadores, Cilic que venceu o US Open comigo como treinador, mas Djokovic é um perfecionista, um génio que quer melhorar a cada dia. Há situações em que sinto que algo no jogo dele é perfeito, mas ele não. Não é sobre mim, é sobre ele, mas precisamos de encontrar um equilíbrio, para que ele não vá ao extremo – quando algo é perfeito, você não pode melhorar mais, só pode piorar, pelo menos isso é como eu vejo as coisas. Muitas vezes discordamos em algumas coisas, o que é normal numa relação treinador-jogador, mas partilhamos o mesmo objetivo – que ele melhore a cada dia e que seja feliz em court”.
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