Ivan Lendl – O problema não és tu, sou eu!
Ivan Lendl era um ex-jogador como tantos outros até ao dia em que Andy Murray decidiu perder a timidez e convidá-lo a fazer parte da sua equipa técnica, convencido de que as semelhanças entre si e o treinador de origem checa acabariam inevitavelmente num casamento duradouro.
De mãos dadas e passo sincronizado, a dupla fez virar muitos olhos à medida que se passeava pelo circuito masculino, confirmando desde cedo que a relação não só funcionava bem como podia dar grandes e importantes frutos. Murray passou de melhor-jogador-a-perder-finais-do-Grand-Slam a verdadeiro-campeão-de-Grand-Slams e, de repente, contratar antigas glórias do ténis virou até moda.
Alegando que a relação com o seu pupilo estava a exigir mais de si do que aquilo que estava disposto a oferecer, Lendl largou o atual número três mundial e tornou-se num homem livre. Livre e profundamente cobiçado. Tomas Berdych, motivado pelo desejo de conquistar um primeiro Major, não hesitou em convidá-lo a fazer parte da sua equipa técnica, mas a nega também não demorou a surgir.
https:\/\/bolamarela.pt//bolamarela.pt//twitter.com/tomasberdych/status/521699600957472768
Dois corações quebrados depois, Lendl volta a ser alvo de uma poderosa investida: Grigor Dimitrov. O jogador búlgaro livrou-se de Roger Rasheed depois de ter abandonado Wimbledon mais depressa do que era suposto e, na semana passada, quando foi visto a partilhar o court com o antigo campeão de oito títulos do Grand Slam, nos EUA, rumores de que os dois estariam prestes a dar o passo seguinte vieram a público.
Especulações que não se revelaram acertadas, conforme avança o Daily Express. “Lendl […] disse a Dimitrov que não estava disponível para dedicar tempo suficiente ao cargo”, afirma o jornal britânico, confirmando ainda que o ex-namorado de Maria Sharapova vai trabalhar nas próximas semanas com o sueco Johan Lengren.
Abrir mão do tempo com a sua família continua a ser impensável para Lendl e é por isso que, por mais que os pretendentes sejam credenciados e se apresentem como um verdadeiro desafio, a resposta às sucessivas investidas há-de continuar a ser qualquer coisa como: ‘o problema não és tu, sou eu!’.