A história de Duckhee Lee: «O ténis é a minha melhor oportunidade de sobreviver na sociedade moderna»

Para um jovem jogador à procura do seu espaço entre os melhores do mundo no ténis, os desafios são muitos e, por isso, poucos são aqueles que realmente conseguem chegar ao topo. Para Duckhee Lee, os desafios começaram logo desde o dia em que nasceu, já que nunca teve a capacidade auditiva desenvolvida. É a vida de um jogador de ténis surdo que está a despertar atenções nos quatro cantos do planeta e é atualmente uma das maiores esperanças da Ásia na modalidade.
Atualmente com 19 anos, Duckhee Lee ocupa a 189.ª posição da hierarquia mundial, mas já chegou a estar entre os 130 primeiros no mês de abril. Figura também na 31.ª posição da Race do Milan, que apenas contabiliza o ranking de jogadores com menos de 22 anos, e tem dividido as suas rotinas de treino entre a Espanha e a Coreia do Norte, onde nasceu e começou a jogar ténis, por influência do seu primo, que é o seu treinador.
A falta de audição foi, ao início, um choque para Lee. Como a sua mãe não queria que ele dependesse constantemente de um intérprete, treinou o seu filho na leitura de lábios e essa é, hoje em dia, a forma primordial de comunicação entre Lee e qualquer outra pessoa que consiga falar sul-coreano.
Como não consegue ouvir detalhes do jogo como o ressalto da bola, a pancada da bola na raquete do adversário ou até mesmo o próprio árbitro, o jovem tem de estar com a atenção redobrada em cada encontro, mas os resultados que tem obtido até agora têm provado aquilo que um dia lhe disseram sobre esquecer o ténis.
A ATP traçou o perfil de Duckhee Lee e visitou as suas origens em Jecheon, na Coreia do Sul. A história de um jovem com uma história inspiradora e que ainda vai dar muito que falar.
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