Heliovaara deixou o ténis durante cinco anos e agora… é campeão de Wimbledon

Por Pedro Gonçalo Pinto - Julho 17, 2024

Harri Heliovaara Henry Patten foram os surpreendentes campeões de pares de Wimbledon. O finlandês de 35 anos e o britânico de 28 superaram todas as expectativas e partilharam histórias curiosas. Especialmente a de Heliovaara, que esteve afastado do ténis durante cinco anos.

“Deixei de jogar aos 23 anos e estive cinco anos parado. Antes disso joguei o qualifying de Wimbledon em singulares e ganhei um encontro. Pensei que era algo muito especial, então estou muito orgulhoso disso. Depois tive outros trabalhos. Colaborei com a Federação Finlandesa de Ténis. Mas há uns anos vim aqui como turista e vi que tinha muitos amigos a jogar o quadro de pares. Essa foi uma das razões pelas quais comecei a jogar de novo. Nunca pensei que estaria aqui, só sonhava ser top 100 de pares”, atirou.

Para que se tenha noção, Heliovaara fez de tudo um pouco fora do ténis e agora é número 12 depois de até ter sido 7.º classificado. “Trabalhei num aeroporto durante um ano com a minha mulher, logo depois de parar a minha carreira. Também tive tempo de estudar, fui consultor de gestão. Depois de toda esta viagem, acho que os courts de ténis dão-me melhores sensações do que as folhas de excel num escritório”, contou, rendido à parceria com Patten, com quem se vê a jogar o resto da carreira.

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Por seu turno, o britânico, que chegou a formar parceria com Francisco Cabral, não esconde que este sucesso foi uma enorme surpresa. “Quando nos juntámos dissemos ‘ou somos campeões de Grand Slam em três ou acaba-se tudo’. Felizmente, podemos manter-nos juntos agora”, começo por dizer, entre risos. “A verdade é que um dos nossos treinadores meteu como objetivo estar num Masters 1000 no verão, o que me pareceu bastante atrevido. Só por chegarmos aos quartos-de-final conseguimos isso, mas não esperava que fossemos campeões do Grand Slams. Talvez algum dia, mas já? Foi um sonho”, confessou.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt