Halep sem remorsos: «O ténis nunca me faz nada de mal, só me deu coisas boas»

Por Nuno Chaves - Dezembro 14, 2025

Simona Halep colocou um ponto final na carreira no passado mês de fevereiro, depois de ter enfrentado anos de terror na luta para tentar provar a sua inocência, no teste positivo ao doping.

Foram tempos difíceis e desgastantes para a romena, que levaram a própria a tomar este decisão (a juntar aos problemas físicos), no entanto, numa entrevista ao The National, a antiga número um do mundo garante que não está arrependida e prefere olhar para o que de melhor trouxe o ténis.

CONSCIÊNCIA TRANQUILA

Pensei durante muito tempo em quando tomar a decisão, em quando disputar o meu último jogo, mas, certamente, não a tomei quando entrei em campo para defrontar a Lucia naquele dia. Simplesmente, senti que o meu lugar já não era ali. Sentia-me muito longe fisicamente, tinha lesionado o joelho e via que ainda me doía. Depois de perder o primeiro set, tomei uma decisão e disse: ‘Depois disto vou parar’. Fui depois ter com os meus pais e disse-lhes que queria parar. Eles acharam bem e assim foi a história, mas a verdade é que ninguém o sabia.

MEDO DE SE ARREPENDER?

Nunca questionei a minha decisão, nunca. Provavelmente, isso significa que, dentro de mim, essa era a decisão certa. Mais tarde, agora que penso nisso, sei que fiz aquilo que sentia, sem dúvida, foi o melhor.

EM PAZ COM O TÉNIS

O ténis nunca me fez nada de mal, absolutamente nada de mal. Só me deu coisas e momentos bons. O que aconteceu, aconteceu, e foi apenas comigo, sem cometer nenhum erro. Felizmente, mais tarde tudo ficou provado. O ténis não tem nada a ver com isso, por isso continuo a manter a paixão por ele.

SENTE FALTA DO TÉNIS

Honestamente, tenho um pouco de saudades do ténis, fiquei arrepiada quando entrei no court central destas últimas WTA Finals, ao recordar tudo o que estava em jogo ali, embora reconheça que tudo se vive melhor sem esse stress dos jogos. Já não sofro aquela dor de estômago antes das partidas, isso matava-me. Ser tão emocional afetou-me muito em campo, mas fazia parte de mim e era preciso aceitá-lo.

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Jornalista na TVI; Licenciado em Ciências da Comunicação na UAL; Ténis sempre, mas sempre em primeiro lugar.