This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.
Halep e o adeus: «Cheguei a um esgotamento emocional, isto já não fazia sentido»
![](https://bolamarela.pt/wp-content/uploads/2025/02/halep-cluj-e1739146610674.jpg)
Simona Halep surpreendeu tudo e todos ao anunciar o final da sua carreira, assim que perdeu o encontro de estreia no WTA 250 de Cluj, na última semana.
A antiga número um mundial enfrentava uma difícil lesão no joelho, nunca conseguiu recuperar a 100% e, numa entrevista ao 30-0, explicou os motivos que a levaram a tomar esta decisão.
ALIVIADA COM ADEUS AO TÉNIS
Não sei porque todos têm medo deste momento, eu sinto-me bem, apesar de daqui a uns dias fique tudo mais difícil, talvez. Para mim é uma libertação, foi muito difícil, não sou o tipo de pessoa que entra em court só para estar aí. Nem sequer pude treinar! Antes de vir aqui, o máximo que pude fazer foi treinar uma hora por dia em terra batida. Obviamente que é preciso muito mais para ir para um encontro completo. Dói-me o joelho, dói-me o ombro, cheguei a um esgotamento emocional. Já não fazia sentido isto, não encontro nenhum motivo para me chatear mais, o que não posso é estar a jogar ténis para lutar pelo top 100. Para estar no topo há que trabalhar como uma cadela e eu não consigo fazer mais.
QUANDO PERCEBEU QUE O FIM ESTAVA A CHEGAR
Dei conta quando me disseram que para resolver a minha lesão do joelho ia precisar de fazer um implante com uma recuperação de ano e meio mas também não me garantiram que pudesse voltar a competir como antes. O meu objetivo sempre foi evitar a cirurgia, queria jogar o máximo possível mas sem ser operada porque quando te operas nada é igual. Talvez dentro de um ano estranhe tudo isto e volte, agora estão a voltar muitas atletas, por isso, nunca se sabe, talvez daqui a um tempo veja as coisas de uma forma diferente.
SATISFEITA COM A CARREIRA
Não levo nada de negativo neste desporto, isto é uma paixão, uma meta na vida, era o meu destino. Durante 30 anos só me concentrei no ténis, isso foi tudo mas não me arrependo. Se voltasse a nascer faria o mesmo. Gosto de ter o poder para dizer basta, aceitar que chegou o momento. Por isso não me arrependo de nada, só fico com o bonito, os dois Grand Slams, o número um e outros tantos torneios vencidos.
EPISÓDIO DO DOPING
Até ao momento da suspensão não acreditava no mal. Foi aí que dei conta de que há muito mal neste mundo. As pessoas perguntam-me se eu sinto necessidade de me vingar mas não, peço desculpa. Nem mesmo com quem teve essas más intenções. Estou em paz por não ter feito nada de mal, quero continuar limpa e tranquila, quando estás bem por dentro na vida és mais pura. Depois de tudo o que passei posso dizer que ainda tenho forças para seguir e sorrir, isso quer dizer que estou num bom lugar.
Leia também:
- — Eis o novo top 10 mundial com um máximo de carreira e Djokovic e Medvedev a cair
- — Zverev já está em Buenos Aires mas as suas malas foram parar… às Maldivas
- — [VÍDEO] Pouille lesiona-se com gravidade no tendão de aquiles e admite terminar a carreira
- Categorias:
- WTA