Gil brilha no Nacional aos 38 anos e Araújo ainda sonha com dois títulos

Por José Morgado - Novembro 9, 2023

Aos 38 anos, Fred Gil continua a gostar de ténis como poucos. O antigo top 70 ATP, finalista do Estoril Open em 2010 e já mais recentemente também campeão mundial de veteranos na categoria de +35 anos, qualificou-se esta quinta-feira para mais uma final de pares no Campeonato Nacional Absoluto, desta feita ao lado do lisboeta Pedro Araújo, de 21 anos.

Gil, campeão de pares em 2015 (com Felipe Cunha e Silva) e finalista em 2022 (com Fábio Coelho) vai em busca de mais um título na sexta-feira, depois de nas meias-finais a dupla que integra ter vencido os irmãos Henrique e Francisco Rocha por 6-3 e 6-4. Na final, Gil e Araújo discutirão o título com Diogo Marques e Martim Simões, que venceram Rodrigo Fernandes e João Dinis Silva por autoritários 6-2 e 6-1.

Araújo é, aliás, o único jogador no lado masculino a ainda poder sonhar com dois títulos nacionais, já que horas antes havia garantido uma vaga nas meias-finais de singulares pela segunda vez no evento. O lisboeta participa apenas pela terceira vez na prova e até ao momento só foi travado por futuros campeões (João Monteiro na segunda ronda de 2018 e Nuno Borges na final de 2021), condição que prolongou ao vencer Gonçalo Falcão por 6-2 e 6-1. O seu próximo adversário será Henrique Rocha, maiato de 19 anos que levou a melhor num encontro entre dois jogadores da Escola de Ténis da Maia ao superar Guilherme Valdoleiros por 6-4 e 6-1.

A meia-final da metade inferior do quadro será discutida entre dois jogadores que, tal como Rocha, integram a estrutura do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis. Jaime Faria confirmou o estatuto de segundo cabeça de série e venceu o campeão nacional de sub 18, Rodrigo Fernandes, por 6-4 e 6-2. A ele juntou-se, mais tarde, o jovem João Dinis Silva. Com apenas 16 anos, o maiato assinou a terceira vitória da semana — e segunda em dois sets — ao aplicar os parciais de 7-6(4) e 6-0 a João António.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com